6 de jun. de 2010

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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Tenho estado ausente e, definitivamente, não é por falta do que dizer.
Poderia dizer que estou cansado ou alegar que tenho trabalhado muito, porém meu sumiço é causado por circunstâncias ainda mais humanas que essas: simplesmente não aguento mais discutir!
Estou cansado de me deparar com pessoas piedosas e repletas de boas intenções que, na verdade, não passam de marionetes manipuladas por séculos de adestramento e completa ignorância bíblica: quando começo a discorrer sobre a chocante realidade que se nos através da Palavra mudam completamente sua postura! Sem argumentação sólida para sustentar as fábulas sobre as quais edificaram suas vidas, primeiro tentam alguma argumentação dessas que são verdadeiros “atestados de morto-vivo” (tocar nos ungidos, não julgar…).
Vendo que sua vida é de uma inutilidade sem igual, preferem lutar pela manutenção de seu “nicho de conveniência” do que considerar uma possível (e inicialmente trabalhosa) mudança na direção da Verdade: alguns ficam ofendidos, outros agressivos e ameaçadores… e, ao contrário de cinco anos atrás, não consigo mais ter pena e nem fico inseguro na expectativa de alguma refutação consistente.
Vivemos num mundo de lixo generalizado onde a Verdade é ofensiva e poucos são aqueles capazes de reconhecê-la, quanto mais de buscar, por si próprios, aplicá-la às suas vidas… e sou capaz de provar issso! Veja a passagem abaixo:
“E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; E rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lucas 23:44-46)
Chamemos, para efeito ilustrativo, este momento de “ponto zero” e imaginemos um personagem judaico, piedoso e com personalidade extremamente religiosa.
Todos os que se dizem cristãos deveriam saber, mas como grassa a ignorância acho que é válido ressaltar que a súbita ruptura do véu do templo (grosso como era) foi o sinal definitivo de que naquele local não mais habitava o Espírito do Senhor e essa foi uma mudança em caráter DEFINITIVO, ou seja, foi o fim de toda uma era onde a Lei era a lei (ficou redundante, mas dá para entender…), ou seja, o único caminho para a salvação.
Isso significa que se nosso personagem, ao testemunhar todos esses eventos impressionantes, decidisse buscar conforto espiritual no templo na hora sétima… estaria já praticando um ritual inútil e vazio! E quanto maior o tempo passado, maior a declaração de desconhecimento da vontade do Senhor Deus para este mundo: pior ainda são os gentios que ignoram o sacrifício do Senhor Jesus Cristo e se submetem, irracionalmente, às diversas “novas” formas de reaplicãção da Lei…
O título desta postagem foi escolhido porque, definitivamente, esta foi uma mixagem muito mal feita! Uma das piores transições em toda a história da humanidade! Quem entende um pouquinho que seja de som sabe que “mixagem” é uma técnica onde o DJ “emparelha” suavemente as batidas de duas músicas diferentes até que não se perceba que uma foi emendada na outra.
Quem sou eu para criticar o Senhor meu Deus, mas mudar da Lei para a Graça dessa forma “abrupta” pegou muita gente despreparada… que o diga Pedro, que permaneceu defendendo a “música velha” a ponto de ter que discutir com Paulo a aplicação ou não da circuncisão naqueles que só puderam começar a dançar quando começou a tocar a música nova!
Não devemos ter tanto ressentimendo de Pedro, pois, naquela época, a partitura da música ainda não estava completa e só viria a ser concluída justamente através das obras que ele próprio e seus contemporâneos viriam a registrar sob a inspiração do maestro supremo!
Essa postagem acaba seguindo uma linha de raciocínio bem próxima aquela apresentada no estudo chamado “Cronologia”, mas dessa vez quero analisar as duas últimas das cartas às sete igrejas, apresentadas no livro de Apocalipse e sobre as quais nunca havia me detido. Vejamos a primeira:
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” (Apocalipse 3:6-12)
Levando em conta as pesquisas adicionais que realizei, também enxerguei nesta passagem os sete períodos específicos da história da igreja e me senti intimamente relacionado à passagem acima: sou o mais fraco dos fracos e a única e mais valiosa coisa que possuo é a Palavra! Fiquei comovido pela promessa de livramento na hora em que todo o mundo estará sofrendo e, sem dúvida, me esforço bastante para guardar aquilo que tenho (A Palavra).
Um fator comum nessa minha batalha em defesa da fé é me deparar com pessoas mencionando uma nova reforma, buscando algum tipo de restauração para as instituições eclesiásticas… eu próprio mantinha uma pequena expectativa de que mesmo dentro da inundação da apostasia poderia haver uma pequena ilha de sanidade… mas agora tenho a certeza definitiva de que tudo isso se resume a tal boa vontade inútil que tanto critico e é característica indelével dos seres humanos.
Aplicando o raciocínio cronológico, é absurdo imaginarmos que a história vai se repetir e que vivenciaremos uma nova reforma! É patético querermos um avivamento das igrejas quando o registro profético é bem claro ao nos dizer exatamente o contrário:
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” (Apocalipse 3:13-21)
E porventura não é exatamente essa a descrição do perfil eclesiástico contemporâneo? Não estão as igrejas, independente de suas denominações, tão convencidas de si próprias e de sua relevância como estruturas sociais que se afastam da Palavra para agradar ao público? Não é a maior parte das promessas que ouvimos ligada ao dinheiro e à saúde, mas carente de embasamento bíblico e, na verdade, desvirtuadora da fé genuína? Não tem esse povo mais fé em “São Dízimo” que na verdadeira e imerecida graça do Senhor Deus?
Enquanto o herético Malafaia é capaz de criar um “almômetro” relacionando salvação de almas à quantidade de dinheiro a ser arrecadada, eu tenho a certeza de que, dentre essa multidão de cegos que se lança credula e ignorantemente através da porta larga, poucos são os que conseguirão comprar o genuíno ouro provado no fogo e vestir-se de branco… Mateus 7:21-23 não foi escrito à toa!
O Senhor Deus age através de “tipos”: José apontou Moisés que apontou o Senhor Jesus Cristo. A Lei apontou a Graça que aponta o Paraíso… só que entre esses dois últimos tem tribulação e julgamento!
Temos aqui uma clara demonstração o Senhor Deus sempre aperfeiçoa suas obras e até mesmo a mixagem, que no primeiro exemplo foi drástica, dessa vez foi quase que imperceptível: mudamos de Filadélfia para Laodicéia de forma suave e gradual!
Conforme registrei em meu segundo podcast e agora tenho a reforçada convicção, esta transição nos trouxe ao que podemos chamar de “princípio das dores”, ou seja: assim como o piedoso personagem judaico que mencionei no exemplo do “ponto zero”, temos hoje um outro personagem, análogo, só que este é um piedoso e religioso gentio cristão… que não percebeu a sutil mixagem e continua achando que suas obras realizadas de forma mecânica (ou seja: faz por fazer e por ter feito sempre, sem refletir, sem compaarar com o conteúdo bíblico, sem se aperceber das mudanças que ocorreram no mundo e nas próprias práticas) ainda são o infalível caminho para a salvação.
O mais triste é ver que alguns que foram de Filadélfia se submetem a esse regime de anulação e, mesmo tendo alguma consciência da Verdade, não agem em defesa da fé por medo de causar atritos… por medo de, justamente, sair de seu “nicho de conveniência”. Para estes eu gosto de citar uma passagem veterotestamentária bastante contundente e aplicável a qualquer um, mesmo não judeu:
“E quando alguma pessoa pecar, ouvindo uma voz de blasfêmia, de que for testemunha, seja porque viu, ou porque soube, se o não denunciar, então levará a sua iniqüidade.” (Levítico 5:1)
Está com medo de entrar em conflito? Passou a gostar das dancinhas? Achava absurdo, mas se o seu pastor faz então os “atos proféticos” devem ser coisa de Deus? Não questiona para não criar mal estar? Tem medo de estar fora da “visão”? Tem medo de ser expulso de seu maravilhoso e destacado cargo na igreja? Prefere manter “a paz” a ter que passar o incômodo de ter uma posição bíblica e sólida, mas oposta a de seu pastor e denominação? Veja isso:
“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus 10:32-39)
Vai… vai cultivando essa paz hipócrita e apóstata que seu destino já está escrito.
E é justamente por ser portador de notícias diretas e absolutas como essa que tenho tido receio de escrever: é tão duro quanto olhar para o povo da igrejinha barulhenta que se instalou aqui ao lado da minha casa e ter convicção (por ter sido forçado a ouvir) de que cada uma de suas pregações tem um ponto de total deturpação bíblica. É tão triste quanto ouvir aquela gritaria inútil e saber que mesmo cheios de boas intenções, caso não mudem seus caminhos, todos eles não passam de desgraçados tão destinados ao inferno quanto qualquer outro que negue ou desconheça ao Senhor Deus…
Na verdade isso tem me causado um dilema, pois ao mesmo tempo em que desejo ardentemente o retorno de meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, isso implica em que também esteja desejando ardentemente a condenação e a morte eterna destas pessoas que estupidamente se recusam a conhecer a Verdade que carregam o tempo todo debaixo do braço e já deve estar com o papel todo fedido a cecê!!!
Se o livro é o mesmo e está disponível para todos, qual o motivo de alguns poucos compreenderem a Palavra e inúmeros outros não? Não seria essa uma prova da tão controversa e odiada (por alguns) predestinação?
Que o Senhor Deus, que é Perfeito em TUDO (até nas mixagens!!!) continue protegendo e abençoando aqueles que O amam e buscam seguir através d’A Verdade!

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