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… e muitas coisas para registrar!
Este mês foi particularmente atarefado, me impedindo de dedicar todo o tempo que gostaria de empenhar no estudo e na divulgação da Palavra de Deus.
Eu cheguei a comentar com alguns, porém somente hoje vou poder me estender sobre a visita que fiz a uma igreja aqui no Rio de Janeiro em meados de março: saí de casa com a sincera esperança de encontrar um lugar que pudesse me provar que estive errado durante todo este tempo. Na verdade fui até lá motivado pela realização de um seminário cujo conteúdo já era de meu conhecimento e, por ser de extrema pertinência, decidi assistir novamente e levar minha esposa para conhecer o relevante e revelador conteúdo.
Não pretendo revelar o nome da igreja e, por isso, não posso revelar qual foi o seminário… mas aprendi muito mais coisas do que esperava ao realizar esta incursão.
Logo ao chegar e ser muito bem recebido, tive uma informação que me encheu ainda mais de esperança: a igreja havia substituído o “pentecostal” que constava originalmente em seu título por “cristã”! Levando em conta que eu também decidi abandonar o título de “evangélico” para ser apenas um cristão bíblico, tal notícia me encheu ainda mais de esperanças.
Enquanto conversava com algumas pessoas, descobri que não importa o quão bíblico esteja sendo um diálogo: todos fazem questão absoluta de, em algum ponto da conversa, saber de qual igreja você é membro… e ninguém entende e muito menos aceita que você não concorde com nenhuma linha denominacional!
Parece que há alguma ordem expressa bíblica de que apenas um pastor possa compreender a Palavra para explicar às submissas ovelhas que, só então, poderão seguir o que esse líder compreendeu e ensinou… ou seja, para a maioria das pessoas, ninguém pode estudar a Bíblia e levar uma vida cristã de forma séria fora das denominações e igrejas convencionais! Essa regressão ao sacerdotalismo judaico ignora que o sacrifício de Jesus Cristo nos fez reis e sacerdotes individualmente, com todas as responsabilidades, deveres e direitos inerentes ao cargo. Já leram Apocalipse 1:3-6?
A constância do requisito denominação me fez considerar até mesmo inventar algum nome esdrúxulo para dizer quando fosse questionado… mas posteriormente, ao andar pelas ruas fazendo cotação para materiais de contrução, constatei que não preciso inventar nada: já existem muitas coisas absurdas aparecendo por aí!
Como a tecnologia necessária para promover a chegada e o estabelecimento do reino do anticristo anda bastante avançada, disponho de um aparelho celular que faz muitas coisas que eu nunca poderia sequer imaginar a algum tempo atrás: acelerômetro, internet, GPS com instruções audíveis em português, videoconferência e… uma câmera! Às vezes eu até recebo ligações, mas dessa feita, ao passar em frente ao local desta foto, consegui lembrar a tempo de que poderia registrar o absurdo: puxei o aparelho enquanto estava parado no sinal e aí está o resultado com, é claro, um pouco de photoshop.
O nome dessa igreja me chamou bastante a atenção, pois desde pequeno eu havia aprendido na minha igreja (antes desta apostatar e fazer coisas como “culto da vitória” e “festa das águas”…) que Deus respondia sempre de três maneiras: ou “sim”, ou “não” ou “espera”. No decorrer dos anos foram popularizadas as correntes que não aceitam mais nem a segunda e nem a terceira opções dentre as possíveis resposta de Deus.
Para estes que imaginam poder forçar Deus a responder com “sim” suas orações e, por isto, persistem insanamente mesmo diante do “não”… acho que o fundador dessa denominação (que deve ser uma pessoa bastante criativa) imaginou um deus que pode ficar sem paciência e responder de uma nova forma: com fogo!!
O mais impressionante é que poucos metros depois surgiu mais uma oportunidade de registrar outro absurdo… tristemente engraçado:
Tinha um grupo de axé (movimento do qual NUNCA gostei) que cantava uma musiquinha escarnecedora e cujo nome era justamente esse: asa de águia! Seria isso oportunismo ou completa falta de bom senso ministerial?
Dessa segunda igreja eu cheguei até a visitar o site e testificar que ela existe baseada em uma passagem de Êxodo, direcionada EXCLUSIVAMENTE à casa de Jacó e aos filhos de Israel no momento imediato a sua saída do Egito, ou seja… parece que é um ministério que desconhece cronologia. Notem também o cartaz (menor, ao lado do principal) de mais uma dessas campanhas de sete semanas onde se prometem mundos de soluções ao custo de algumas “sementes”, só para medir sua “fidelidade” a Deus…
Baseado nos títulos acima e nas “novidades” que tenho visto, da próxima vez em que me perguntarem de que igreja eu sou, vou informar que sou da “Comunidade das Estruturas Mexidas pelas Asas que Respondem com Fogo”… meu medo é que um absurdo destes já exista!
De qualquer forma, tenho mais certeza de minha posição com Deus da forma que estou do que se participasse de qualquer igreja que pude conhecer até agora, pois voltando ao relato de minha visita àquela igreja verdadeiramente simpática onde fui assistir um seminário sobre a Fé Bahá'í, logo que adentrei o templo tive uma estranha experiência.
É um costume de quando eu ia a igreja: sempre orei agradecendo por ter chegado até ali, pedindo a Deus que continuasse agindo, mostrando o que desejava para minha vida e dando uma mensagem verdadeiramente inspirada pelo Espírito Santo… só que meu espírito de oração foi completamente quebrado por um fato completamente insano. Como esse meu celular também filma, aqui vai um trecho do que tive que testemunhar:
É por comportamentos como esse que não há condição de que eu participe de uma igreja: minha vontade era de cutucar aquela mulher e perguntar se ela estava com algum problema intestinal ou coisa parecida! Aí eu seria “o antiespiritual”… mas isso aí não é mover de Deus nem aqui e nem em lugar nenhum! E eu nem filmei o “piti” que ela deu no período da tarde: mexendo a língua na boca para fazer aqueles barulhos iguais aos das mulheres árabes…
A palestra, cujo conteúdo eu já conhecia previamente, foi boa, mas apesar da igreja ser extremamente hospitaleira e o ambiente bastante agradável, houveram certas coisas que destoaram muito do conceito bíblico de cristandade. Por exemplo: depois do almoço foi entoado um mantra (“Com muito louvor, com muito louvor…”) por quase meia hora ininterrupta; alguns membros interromperam a palestra por não aceitarem a possibilidade de, de repente, terem que testemunhar a revelação do anticristo e o princípio das dores sem terem ainda sido arrebatados… a esta última prefiro pedir que ouçam ao podcast que gravei quando ainda tinha tempo, mas achei até engraçada a revolta de uma menina que bradava ao palestrante:
— Jesus morreu na cruz para que eu não passasse mais por sofrimento! Eu TENHO que ser arrebatada antes da revelação do anticristo!
Eu até queria ficar calado, mas o Teóphilo que sou acabou tendo que falar…
Jesus morreu na cruz e nenhum dos cristãos primitivos foi jogado aos leões? Jesus morreu na cruz e Estevão não foi martirizado? E Paulo? Sofreu pouquinho, não é mesmo! O que Jesus garantiu com o seu sacrifício na cruz foi a VIDA ETERNA, porque neste mundo continuaremos tendo aflições e, de acordo com as profecias bíblicas, conforme nos aproximamos do final dos tempos, estas serão cada vez piores!
Dia desses conheci uma filosofia nova, da qual nunca tinha ouvido falar: pessoas que não crêem no fim deste mundo, achando que Cristo virá reinar e que tudo será solucionado e ficará muito bem a partir de então… eu até prometi estudar (e estou verdadeiramente fundamentando na Bíblia uma refutação a esta corrente), mas é só olhar para as notícias e andar por este mundo para ter certeza de que essa interpretação é utópica e incoerente com a realidade, chegando a parecer coisa dos testemunhas de jeová!
Definitivamente vejo a cada dia mais forte a impossibilidade de que eu venha a fazer parte de um corpo que se desvia da Palavra em prol dos costumes vigentes neste mundo. Não posso me calar ante as deturpações, os misticismos, a falsa espiritualidade, o psicologismo… e isso me torna um “rebelde” em potencial.
Acho que nunca poderei realizar seminários em igrejas também… notei que, por causa do desconhecimento bíblico e do despreparo espiritual, muitas pessoas ficaram extremamente chocadas e outras tantas nem mesmo compreenderam o conteúdo e o objetivo da palestra! Quando esta mesma apresentação foi realizada em um hotel de São Paulo, o público que lá compareceu estava interessado, preparado e buscando conhecimento de forma voluntária, madura e independente — a linha de raciocínio e apresentação do evento em São Paulo permitiu que chegássemos a uma conclusão sólida e natural, já aqui no Rio de Janeiro houve muito tempo desperdiçado, muitas pessoas sem o conhecimento prévio necessário e, não por culpa de ninguém em especial, mas não chegamos de fato a uma conclusão… terminamos apenas porque era hora de terminar.
Não posso deixar de registrar meu agradecimento a você que passou por aqui desde a criação deste blog em 13 de novembro de 2008: essa semana completei cinco meses de atividade e, simultanemente, atingi a marca de 6.000 visitantes e 10.000 visualizações! Vejo nisso que meus esforços em falar com seriedade a respeito da Bíblia e do cumprimento das profecias nela registradas estão servindo para alguma coisa e fico estimulado a prosseguir nesta tarefa mais espinhosa que doce… acho que sempre levei II Timóteo 4:5 muito a sério!
Concluindo esse post “mata saudades”, quem quiser, assim como eu, usar sua câmera digital para registrar imagens de fatos relacionados aos temas abordados tanto neste blog quanto no site principal pode enviar através de meu e-mail que eu vou publicar: faça uma breve descrição do que foi fotografado, diga se quer ou não ter seu nome vinculado à imagem e pode deixar que eu cuido do photoshop!
Que o Senhor Deus nos abençoe e tenha misericórdia de nós, que falhamos ao tentar fazer o bem que queremos e o mal que não desejamos… este fazemos.
5 comentários:
Camarada, teu texto é uma viagem. Ia lendo e lembrando de Blade Runner.
Outro dia (não, outro mês) fui a madureira partindo da barra. Fui contando as igrejas e minha namorada fotografando pelo celular.
È tanta igreja que a necessidade de uma marca diferenciada é essencial e como profissional de franchising não consigo imaginar outro objetivo que o não o da consolidação de uma marca própria para futura multiplicação. Ouve um momento que a galera desejava é ter a chancela de uma denominação tradicional. Hoje, ao contrário, parecem querer a difenciação acima de qualquer outro objetivo. Os carinhas não querem apenas ter mais clientes do que a loja ao lado. Querem franquiar outras lojas com sua marca nefasta. Hummm marca da besta!
Ano passado um advogado de uma igreja destas me procurou para uma consulta. Queria saber se eu tinha modelos de contratos de franchising americanos ou europeus de ONG de cunho religioso. Queriam substituir documentos existentes hoje por contratos de licenciamento de marca e know-how passiveis de reconhecimento com jurip internacional.
Tá feia a coisa. Mas continuo achando a comunhão essencial. Temos de sair do saleiro.
Abração
Olá!
Queria agradecer sua visita, saiba que o comentário que fez (que é quase um post) foi muito interessante. Nota-se sua preocupação com a Palavra de Deus.
E aproveitando a dica, vim aqui e fiquei realmente contente em saber que existem pessoas como você, que não se dobra aos costumes e mazelas das instituições.
É triste perceber que hoje em dia os tais 'pastores' e 'ministros de louvor' estão preocupados em usar sua criatividade no nomes das igrejas e grupos, nas campanhas (uma mais estranha que a outra), nas reuniões (quanto mais re te té melhor), nas músicas (muitas sem originalidade alguma, que acompanha o momento 'gospel').
Digo que é triste porque, passei mais de 15 anos em uma igreja e ao longo desses anos acompanhei algumas mudanças que nunca imaginava que aconteceria, ainda mais por se tratar de uma igreja 'tradicional' (hinos e cânticos, véu, apenas órgão e toda a liturgia da reunião).
É triste perceber por exemplo que existe dentro da igreja um partidarismo declarado, onde pessoas que não fazem parte do grupinho são expostas a comunidade quando estão em 'pecado', pior ainda é ver pessoas desse mesmo grupinho seleto praticarem os mesmos 'pecados', e serem protegidas e resguardadas pelo próprio pastor.
Uma frase que sempre me vem a lembrança quando penso em tudo que passei nessa igreja é: "Prefiro ser um anônimo no meio da multidão do que um anônimo em um grupo de 30 pessoas".E por incrível que pareça, hoje, ainda anônimo em uma outra igreja (só que esta com mais de 1000 membros), consigo ouvir a voz de Deus.
A PaZ.
Hehehe... meu caro Teóphilo, a coisa está braba! Há alguns anos um amigo meu, pr. André, que é músico e tremendo gozador, fez uma música sobre isto, e que tomo a liberdade de indicar. O endereço da música, que se chama apropriadamente "À la carte", é: http://www.mp3tube.net/musics/Andre-de-Oliveira-A-La-Carte/288380/
Veja se não é exatamente isto...
Abs
Georges................
“Comunidade das Estruturas Mexidas pelas Asas que Respondem com Fogo”… meu medo é que um absurdo destes já exista!(Teóphilo Noturno)
Você é muito engraçado, é melhor lembrar que moramos no Brasil e que o brasileiro é muito criativo, provavelmente já deve existir uma igreja com esse nome.
Infelizmente a visão das igrejas atualmente é que dividir é melhor que somar, e a grande maioria dos fundadores desses ministérios dizem que estão se multiplicando.
Na realidade parece erva daninha se espalhano, mas como diz o salmo quando sol esquentar, a erva seca, a amioria desses ministérios não prosperam.
Bem caro Teóphilo, ainda bem que eu não vi isso, já bastou o mantra.Concordo com vc,chega uma hora que sempre perguntam a qual Igreja pertencemos, imagina para eu responder.Também tinha gente que não tinha muita idéia sobre o assunto e ficava perguntando coisas que não tinham a ver.Acreditem se quiserem, já vi uma "igreja" com o seguinte nome: Igreja dos Gentios Evangélicos.
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