17 de fev. de 2011

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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Desabafo   Esse já é o segundo verão em que o calor não me permite sequer cogitar ligar o computador para escrever: um termômetro que deixo no cantinho que chamo de “escritório” já registrou incríveis 40º!!
   Acho que essa ausência foi motivo para que um querido irmão me enviasse a seguinte mensagem:
   Meu amado irmão,
   Como tens estado? Espero, em nosso Senhor, que bem. Saudades de ti.
   Um grande abraço!
   Aproveitando que hoje amanheceu um maravilhoso dia nublado, decidi responder a ele com toda a sinceridade e sei que essa resposta também pode servir para saciar a curiosidade de algumas outras pessoas: vou abrir meu coração e posso antecipar que, por seu cunho totalmente ligado à minha vida cotidiana, essa postagem corre o risco de desagradar a muitos, assim como servir de munição para os críticos e detratores de plantão.
   Querido irmão,
   Tenho passado por situações que podem ocorrer na vida de qualquer um que caminhe sobre a terra e não me envaideço (assim como não me envergonho) de certos fatos que vou relatar em forma de lista e sem muitos rodeios:
   Após muito tempo visitando médicos em busca de alguma solução atenuante para as tantas dores alegadas por minha mãe, o médico ortopedista nos indicou que o neurologista poderia ser de grande auxílio naquela situação. Dia 16 de dezembro conseguimos uma consulta onde constatamos que ela sofre do mal de Parkinson.
   Além dos medicamentos cardíacos e ortopédicos, agora a lista foi acrescida com fisioterapia e o remédio específico para este mal. Posso afirmar que houve significativa melhora, apesar dela ainda reclamar de dores…
   E por falar em dores, as que minha esposa vinha sentindo no maxilar desde abril do ano passado acabaram levando-a a passar por uma intervenção cirúrgica em novembro… que, infelizmente, não solucionou o problema: o que inicialmente imaginávamos como problema odontológico se revelou como uma grande inflamação no osso do maxilar.
   Semana passada foi realizada uma segunda intervenção, com maior extensão, para permitir um melhor acesso dos médicos à área afetada. Desde então e apesar da falta de jeito, estou tendo a honrosa oportunidade de cuidar dela em sua convalescença!
   Especificamente falando sobre mim a partir de agora, já ocorreu a perícia médica de meu processo contra a aeronáutica e o médico constatou o nexo causal entre as atividades que exerci e o mal que me levou a ser reformado, porém até que haja o parecer final do juiz ainda leva algum tempo: o simples fato de receber os proventos integrais da graduação que alcancei em minha carreira militar já seriam suficientes para sanar muitas necessidades advindas de problemas como, por exemplo, os da saúde de familiares acima citados.
   O problema (informado por meu advogado nessa causa) é que o “procedimento padrão” adotado pela Força Aérea (e de qualquer órgão ligado ao governo) é recorrer de todas as decisões onde é derrotada. Provavelmente não será diferente no meu caso: sempre forçam uma segunda instância na esperança de que os denunciantes morram antes de receber aquilo que lhes é devido…
   Essa escassez financeira se agravou de tal forma que estou sendo forçado a vender meu automóvel, a despeito da grande necessidade de transporte familiar, para quitar dívidas ainda relativas à obra que realizei no ano passado: alguns sugeriram que realizasse uma troca por algum modelo de menor custo, mas os que agem dessa forma desconhecem minha altura e a gritante impossibilidade de que eu caiba, por exemplo, em um fusquinha… ainda mais como motorista.
   E tanto a inspiração quanto a ideia de escrever um livro não morreram, mas como calor impede de ficar aqui no computador e um notebook com recursos adequados ao material que produzo e apresento é coisa com a qual sonho (sem perspectivas imediatas) desde o ano passado… tudo indica que essa empreitada não se concretizará tão cedo.
   Há também a aversão que adquiri pelo comportamento de gente como Daniel Mastral e um marqueteiro manipulador que se passou por irmão e amigo com meras intenções de autopromoção… tenho verdadeiro asco de suas técnicas de manipulação e meu coração dói só de me imaginar utilizando recursos análogos aos deles na obra do Senhor!
   Por falar em “obra”, ainda não consegui que as autoridades tomassem alguma providência em relação à filial do inferno que abriu seu “ponto de pregação” na casa anexa à minha: o ministério público alegou que, por ser eu o único prejudicado, não pode defender o indivíduo, já que sua função é defender a coletividade. Pelo menos registrou minhas denúncias para futuras referências e me instruiu a procurar um advogado ou, em caso de falta de condições financeiras (meu caso!), recorrer à defensoria pública…. enquanto isso vou sendo obrigado a ouvir aqueles gritos de tortura e desespero, aqueles pandeiros de macumba e aquelas mensagens ridiculamente vazias.
   Tenho pregado o evangelho cotidianamente, mas a cada dia percebo que as pessoas optam por se tornarem incapazes de visualizar toda a extensão da verdade: ninguém quer cansar a mente com coisas tão complexas! Se ao falar do básico já noto que há relativo desgaste, nem tenho me atrevido a tentar ir mais a fundo expondo as sutilezas da obra maligna… as pessoas de hoje só querem saber de festas, cerveja ou, como no caso de alguns analfabíblicos, louvor e “amor”!
   Quanto à questão financeira, é óbvio que se eu tivesse a cara de pau de incluir um pedido de colaboração em cada postagem, provavelmente as pessoas não se esqueceriam de minhas necessidades… mas não me sinto confortável em agir dessa forma e muitos irmãos imaginam que não há necessidade de colaborar. Como agir de forma a não constranger as pessoas, mas ainda assim pedir auxílio?
   Admito que estou cansado. Estou cansado de tanto calor. Estou cansado de tantos céticos cínicos blasfemos ofensivos. Estou cansado de tantos preguiçosos. Estou cansado de passar necessidades desnecessariamente (haja vista que tenho direitos… pela justiça dos homens mesmo!). Estou cansado por testemunhar tanta ignorância popular frente à explícita manipulação governamental e eclesiástica. Estou muito cansado… deste mundo!
   O problema é que não posso simplesmente “ir embora”: o caminho para o qual fui chamado não tem atalho e muito menos se pode parar no meio. Sei que depois do calor do verão sempre se sucederão temperaturas mais amenas, assim como após tanta luta… há de haver repouso! Então lembro sempre das passagens que estão no único livro no qual vale a pena “apostar” a própria vida:
   “Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: que há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Digo que também isto é vaidade.” (Eclesiastes 8:14)
   “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.” (Eclesiastes 9:2)
   “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Eclesiastes 9:10)
   “Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” (2 Coríntios 4:16-18)
   Estas aqui foram ditas a Timóteo, mas cabem a qualquer um que busque defender a fé genuína:
   “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” (2 Timóteo 4:1-5)
   Tenho certeza de que em breve dias melhores (climaticamente falando) virão e posso garantir que não faltarão estudos e análises para publicar: tenho, pelo menos, uns dez tópicos diferentes a abordar e que ficam “pulando” na minha cabeça, prontos para se tornar em texto para a edificação da legítima Igreja.
   Por outro lado sei que tudo ocorre de acordo com a vontade do Senhor: n’Ele e nisso deposito integralmente minha fé, aguardando apenas o tempo correto para que as coisas aconteçam.
   Por enquanto passo meus dias tentando prover as necessidades de minha família, separando algum tempo para não descuidar de minha própria saúde e, quando surge a oportunidade, me distraio tomando banho de borracha no quintal. Não deixo de ler e meditar n’A Palavra, mas até os e-mails são vistos pelo celular, ou seja, levando em conta a forma que escrevo e como não gosto de abreviar assuntos… a tarefa de responde-los através daquelas pequenas teclas não é muito fácil.
   Desculpe o desabafo, mas acho que até nisso deve haver algum valor, pois seria ridículo mentir apenas para sustentar uma falsa imagem de superioridade: o verdadeiro cristão deve ter sempre em mente que, no tempo certo, o Senhor proverá.
   Um fraternal abraço e até breve!

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