23 de fev. de 2011

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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   Não podemos pensar na origem dos “sabatistas” sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia.
   O sabatismo não é uma seita como, muita gente pensa: “uma denominação igual às outras, com a única diferença de guardar o Sábado”. É uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere as doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.
   No princípio do século dezenove houve um despertamento de interesse pela Segunda vinda de Cristo entre os cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8:14 se referia à vinda de Cristo para “purificar o santuário”.
   Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Isto foi em 1818…
   Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais a cristãos de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinquenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo: muitos crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843.
   Chegou o dia e o evento esperado… não aconteceu!
   Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de 1844. Ao chegar essa data… nada aconteceu.
   Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro de mesmo ano. Porém essa previsão também falhou…
   Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro: Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século.
   Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.
   No dia depois da “grande desilusão”, Hiram Edson, um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma “revelação”. Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local: disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de purificação ali.
   Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas". Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates (que dava ênfase a guarda do Sábado) e outro dirigido por Hellen G. White (que dava ênfase aos dons do Espírito).
AS REVELAÇÕES DE HELEN WHITE
   As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja Adventista. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros.
   Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.
OBRAS DA SRA. WHITE
   Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados “inspirados” por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas.
   O livro “O Grande Conflito” (lido, respeitado e acreditado no meio de muitos evangélicos) é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares.
   Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O Desejado de Todas as Nações.
OS NOMES DA SEITA
   Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos:
   Igreja Cristã Adventista (1855);
   Adventistas do Sétimo Dia (1860);
   União da Vida e Advento (1864);
   Igreja de Deus Adventista (1866);
   Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921);
   Igreja Adventista Reformada;
   Igreja Adventista da Promessa;
   Igreja Adventista do Sétimo Dia (Atual).
   Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do Pacto, etc., porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo Dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.
AS DOUTRINAS DO ADVENTISMO
   Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refuta-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas (veja Mateus 23:15).
a) A expiação incompleta
   Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina da expiação incompleta e contínua é uma tergiversação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller.
   Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa “revelação” de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras: a Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844 (Hebreus 6:19-20;8:1-2; 9:11-12, 23-26; 10:1-14).
b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?
   Os adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para azazel, de Levíticos 16:22-26) simboliza Satanás e todas as nossas iniquidades serão carregadas pelo diabo.
   Segundo eles, durante o milênio, satanás levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer e será confinado a esta terra desolada e sem habitantes.
   Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho... seria isto uma loucura ou uma burrice? Será que não se dão conta das implicações de tal ensino?!
   Isto faria do diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás!
   O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados (veja João 1:29; Isaías 53:6; Hebreus 10:18; João 19:30; 2 Coríntios 5:21; Romanos 8:32).
c) O Sono da Alma
   Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este “sono da alma” é um “estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência”.
   Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9:5, que diz:
   “Os mortos não sabem coisa nenhuma.”
   O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte (leia os versículos 4 a 10 desse capítulo).
   Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor (Filipenses 1:23-24; 2 Coríntios 5:1-8).
   Veja também Lucas 16:19-31 e Lucas 23:43. No monte da transfiguração, Moisés não estava “silencioso, inativo e totalmente inconsciente” enquanto falava com Cristo (Mateus 17:1-6. Veja ainda Apocalipse 6:9-11).
d) Outras Crenças Errôneas
   Normalmente, as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores ou livros escritos e interpretados por eles.
   Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de fé e prática. No adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.
e) A Aniquilação de Satanás e dos Maus
   Os adventistas ensinam que satanás, seus demônios e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é “uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia”.
   Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mateus 25:46 – ETERNO! Além disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno (veja também Marcos 9:43-44).
   Em Apocalipse 14:10-11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados “e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos”… isto não parece com aniquilação (confira ainda Apocalipse 19:20; 20:2,7,10,15).
f) A observância obrigatória do Sábado
   Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Outra burrice sem tamanho! Creem que os que guardam o domingo aceitarão a “marca da besta”: a senhora White ensina que a observância do sábado é o “selo de Deus”. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do domingo.
   Vemos, pois, que o sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ezequiel 20:10-13). O próprio Moisés explicou que era uma memorial de sua libertação da terra do Egito: ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito (Deuteronômio 5:12-15).
   O sábado foi abolido: a palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jeremias 31:31-33) e o fim do sábado (Oséias 2:11), que se cumpriu em Jesus (Colossenses 2:14-17).
Por essa razão, o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15:20-29.
   O texto de Colossenses 2:16-17 deita por terra todas as teses dos adventistas: Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Gálatas e trata de livra-los dos enganos dos judaizantes que queriam faze-los guardar a lei.
   O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Faz menção da observância de certos dias como uma parte da escravidão da lei (Gálatas 4:3-11). Cristo é o fim da lei (Romanos 6:14; 10:4).
   Aliás, em todo o Novo Testamento não lemos nada a respeito de “guardar o sábado”.
CONCLUSÃO
   O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado: estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão.
   Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina.
   É quase certo que o adventista citará Apocalipse 14:12 e 1 João 2:4, para provar que devemos guardar o Sábado: para isto devemos mostrar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento.
   Que eles mesmo leiam 1 João 3:23; João 6:29; Romanos 4:5; Gálatas 2:16; João 13:34-35, 5:10; Romanos 13:8-10 e Apocalipse 22:14.

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