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Inacreditavelmente, o primeiro pecado do querubim Lúcifer, que Deus criou, aconteceu num ambiente perfeitamente sagrado: o Céu. Isso pareceria incompreensível, tendo em vista o que nos diz a Escritura sobre o Céu, o local da habitação de Deus.
Também igualmente espantoso é que Adão e Eva, os quais se encontravam num ambiente perfeitamente sagrado e nem haviam conhecido o pecado, tivessem sido seduzidos pelo mesmo Lúcifer (portador da luz), mais tarde chamado satanás (adversário) e "aquela antiga serpente" (Apocalipse 12:9 e 20:2).
A Escritura não nos conta, especificamente, o que se encontrava no coração e na mente de Lúcifer e de Adão que os tenha preparado para pecar mas, com relação a Eva, temos um pouco mais de insight:
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gênesis 3:6)
Uma coisa fica óbvia com relação aos três seres criados: eles colocaram o seu EGO acima de Deus. Isto é o que determina todo pecado.
Novamente, tudo havia começado com Lúcifer no Céu: os seus “eu quero” são todos embasados no EGO, desde o auto melhoramento até a auto-estima, a auto-exaltação, a autossatisfação. Esta progressão conduz, inevitavelmente, a outros dois egoísmos: o auto-engodo e a autodestruição.
Como Satanás é totalmente auto-enganado e estando, provavelmente, em busca de mais apoio a fim de comprovar sua tese de “subir sobre as alturas das nuvens”, ele trouxe essa mentira para a Terra, onde seduziu Eva com a promessa de que ela poderia ser “semelhante ao Altíssimo”.
A divinização, como um objetivo da humanidade, é a religião do Adversário e vai culminar com um homem possuído pelo próprio Diabo.
Conforme lemos em 2 Tessalonicenses 2:4, o anticristo “se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus”. Talvez, seja este o único meio dele alcançar o seu principal objetivo, que é ter o mundo inteiro adorando-o.
O mesmo pensamento de ter o Senhor seu Criador ajoelhando-se e adorando-o (conforme Mateus 4:9) demonstra não apenas sua egoísta ambição, mas também quão auto-absorto e auto-enganado ele é. Esta é também a principal característica da humanidade.
A Escritura mostra que, depois do seu pecado, Adão e Eva deram sua primeira resposta a Deus, a qual foi uma forma de se defenderem. Após sua fútil tentativa de se esconderem de Deus, cada um deles começou a censurar o outro: Adão acusou Eva e Eva acusou a serpente pela sua desobediência. Como resultado, uma tendência de autosserviço (o trágico resultado do seu pecado) tem impregnado o coração da humanidade.
Como se pode ver, do princípio até nossos dias, esta característica tem prevalecido em meio a toda a raça humana, como uma praga ininterrupta.
Regras próprias estão no coração de cada pessoa, até mesmo entre os nascidos de novo em Cristo. Satanás não tem perdido oportunidade alguma de induzir o mundo a buscar o seu ilusório preço da autodivinização: a ideia de que o homem poderia se tornar um deus, ou parte de Deus, ou a de que ele é bom, porém não descobriu ainda a sua divindade, pode parecer absurda a algumas pessoas, mas somente porque elas estão despercebidas de como esta crença é prevalecente.
Além disso, a partir de uma perspectiva bíblica, o critério para ser um deus é talvez muito simples: qualquer pessoa que não tiver se submetido a Jesus Cristo e não tenha se reconciliado com Deus, através do sacrifício perfeito de Cristo pelos nossos pecados, pode se qualificar como sendo um deus, ou seja: um autônomo ou auto governante, que se elevou acima do Criador.
A causa básica de muitos problemas no mundo de hoje não é que o homem deixe de reconhecer sua divindade, mas que existem sete bilhões de deuses neste planeta, cada um deles fazendo sua própria vontade!
Satanás tem vendido a divinização há muito tempo, através de alguma religião particular.
Quase um bilhão de hindus acreditam que são deuses e também qualquer pessoa que aceita a tola visão de que Deus “é tudo e tudo é Deus”…
A (suposta) divindade deles é alcançada ou descoberta através da Ioga, da auto-realização e da tentativa de alcançar o estado espiritual final: sua união com Braman (o Deus maior).
Quinhentos milhões de budistas rejeitam um Criador transcendente, em busca do equivalente à divindade (conhecido como Buddhahood), a qual é obtida através da iluminação, ou perfeita sabedoria, quando a pessoa segue as Quatro Verdades Nobres e os Oito Passos.
O budismo tibetano é promovido em todo o mundo ocidental pelo Dalai Lama, o qual tem induzido centenas de milhares (inclusive, milhares somente nas cidades americanas) à Iniciação Kalachakra Tântrica.
Kalachakra é tanto uma divindade tântrica como uma prática de meditação: a primeira é uma manifestação de Buda, a qual é invocada para conduzir o iniciado a se tornar um bodhisattva, um deus iluminado, um status afirmado pelo próprio Dalai Lama.
O misticismo oriental, com o seu objetivo de divinização, tem transformado o Ocidente numa tsunami (espiritual), depositando sua blasfema poeira sobre a Cristandade.
A Ioga (ligando quem medita a Braman), que algumas décadas atrás tornou-se uma armadilha oferecida na Associação Cristã de Moços (ACM), agora é oferecida e praticada dentro de inúmeras igrejas, inclusive nas que professam ser evangélicas.
Os gurus (tais como Bhagwan Shree Rajneesh, Swami Muktananda e Maharishi Mahesh Yogi) contribuíram na difusão da Nova Era, a qual é uma mistura de crenças e práticas orientais, reembaladas para se tornarem atraentes e prontamente aceitas na cultura ocidental.
Muktananda fala assim, para todos os gurus e para os defensores da Nova Era: “Honrem a si mesmos; adorem a si mesmos e meditem sobre si mesmos, pois Deus habita dentro de vocês e é como vocês mesmos”.
O falecido Maharishi Mahesh Yogi, o guru dos Beatles, revisou o seu Movimento de Regeneração Espiritual (leiam Hinduísmo), transformando-o numa técnica inacreditavelmente mais aceitável de Meditação Transcendental: os praticantes da Meditação Transcendental simplesmente se apossaram da cidade de Fearfields, Iowa, local da Maharishi University. A escola diz ter transformado a comunidade através do Efeito Maharishi, um pequeno programa de MT iniciado nos anos 1980, afirmando reduzir a taxa de crimes através do efeito positivo da meditação coletiva.
As estatísticas do condado de Fairfield/Jefferson, durante a década de 1990, negam essa afirmação mostrando um progressivo AUMENTO de crimes.
A mentira da divinização é sempre seguida pelo engodo dos chamados “homens bons”.
Rajneesh foi deportado de volta à Índia, depois que os seus principais discípulos foram presos no Oregon, sob a acusação de assassinato.
Maharishi arrecadou milhares de milhares de dólares vendendo a fraudulenta habilidade de levitar através da MT.
Muktananda, o guru de muitas celebridades de Hollywood nos anos 1980, embora pregasse o celibato, foi acusado pelos líderes superiores de sua seita de seduzir mulheres.
Ironicamente, o seu sucessor é uma mulher (a Gurumayi Chidvilasananda) que ensina o mantra “Om Namah Shivaya” (honro a divindade que reside dentro de mim). Ela é a guru de Elizabeth Gilbert, autora do bestseller Eat, Pray, Love (Comer, Orar e Amar). Oprah Winfrey endossou os documentos do livro, no tempo que Gilbert passou num ashram na Índia, o qual agora se transformou em filme teatral produzido por Brad Pitt e estrelado por Julia Roberts.
Divinizar-se é dificilmente uma exclusividade das religiões orientais: onde se encontra o levedo do misticismo, ele inevitavelmente se espalha a alguma forma de união com Deus, significando tornar-se Deus.
Considerem o Mormonismo, o Islamismo e o Catolicismo Romano, por exemplo: todas estas três religiões são legalistas, conquanto, ao mesmo tempo, muito experimentais.
Aos homens mórmons é ensinado que eles se tornam deuses, se seguirem fielmente os ensinos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias: “um homem é como Deus foi antes; como Deus é, o homem pode se tornar”.
A maioria dos mórmons afirma que a veracidade da doutrina da divinização (para mulheres a divinização da gravidez eterna) é afirmada através da oração seguida por uma sensação de queimação no peito, proveniente de Deus.
Ao contrário do seu sistema legal sharia, o misticismo islâmico é encontrado no Sufismo, onde os devotos alcançam a união com Alá.
Os antigos místicos do Catolicismo romano, conhecidos como “Pais do Deserto”, que se tornaram ícones espirituais do Movimento da Igreja Emergente, desenvolveram crenças e práticas pouco diferentes dos iogues, gurus e sacerdotes do Hinduísmo e do Budismo.
Esta é uma das razões por que os místicos católicos tais como o monge trapista Thomas Merton e os padres Henri Nouwen e Thomas Keating têm tantos seguidores entre os padres e freiras das igrejas (bem como entre muitos evangélicos…).
Não precisamos ir até os seus escritos para encontrar a posição da igreja de Roma referente à divinização. Ela é pronunciada muito claramente no parágrafo 460 do Catecismo da Igreja Católica:
“o verbo se fez carne para tornar-nos co-participantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4). Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo a filiação divina, se torne filho de Deus. Pois o Filho de Deus Se fez homem para nos fazer Deus - o Filho unigênito de Deus querendo-nos participantes de Sua divindade assumiu a nossa natureza, para que Aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses.”
A divinização como doutrina desempenha uma parte importante na metodologia dos ensinos da Confissão Positiva da Palavra da Fé.
A versão de Kenneth Copeland para “mentir” foi idêntica à que a maioria dos mestres da prosperidade estava promovendo:
“E vocês compartilham humanidade a um filho que nasceu de vocês. Porque vocês são humanos é que compartilham a natureza da humanidade com o filho. Deus é Deus. Ele é Espírito… e Ele compartilhou com vocês, quando vocês nasceram de novo. Pedro disse isto claramente em 2 Pedro 1:4, que somos co-participantes da ‘natureza divina’. Esta natureza permanece eternamente viva em absoluta perfeição, e foi compartilhada com vocês por Deus, do mesmo modo que vocês a compartilham com um filho a natureza humana. Esse filho não nasceu como uma baleia. Ele nasceu humano… Bem, agora vocês não têm apenas uma natureza humana. Você não têm um Deus em vocês. Vocês são deuses!”
Outro líder do Movimento Palavra da Fé declara a necessidade de praticar a divinização:
“Até entendermos que somos pequenos deuses e começarmos a agir como pequenos deuses, não poderemos manifestar o Reino de Deus.”
As raízes modernas desta heresia podem ser traçadas retroativamente às seitas da ciência religiosa como a Ciência Cristã e a Escola da Unidade do Cristianismo, as quais coletaram muitas de suas crenças básicas do Hinduísmo.
As profecias bíblicas cumpridas são uma prova irrefutável de que a Palavra de Deus é exatamente isto. E podemos reconhecer facilmente o que Ele disse que iria acontecer quando estamos vendo acontecer: o Senhor vai nos arrebatar deste mundo antes do Anticristo se declarar como “Deus”, de forma que não estaremos aqui quando isso acontecer.
Contudo, existe um verso relacionado à autodivinização, com tanta evidência, que nenhuma pessoa razoável pode negar o seu cumprimento atualmente. Paulo escreve:
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos…” (2 Timóteo 3:1-2)
Embora os humanos estivessem enamorados de si mesmos desde o Jardim do Éden, não existiu nenhuma outra geração na história que estivesse tão preocupada consigo mesma, a ponto de fazer de si mesma a chave para a solução dos problemas da humanidade.
Temos aqui uma litania dos populares autoconceitos e atividades positivas: autoestima, auto-imagem, autoconfiança, auto-aceitação, auto perdão, auto-afirmação, auto melhoramento, autoconsideração positiva, auto declaração, afirmação positiva, atitude mental positiva, pensamento positivo, pensamento da possibilidade, potencial humano, etc., etc., etc. O pré-requisito para tudo isto é o auto-amor, a pedra fundamental da psicologia humanista; consequentemente, por causa da extraordinária influência da chamada “Psicologia Cristã” (uma doutrina falsa, porém muito popular entre os evangélicos).
A conexão entre a Psicologia e o misticismo oriental, com a sua necessária ênfase sobre o EGO, é clara, conforme o historiador Jacob Needleman observou:
“Um grande e crescente número de psicoterapeutas está agora convencido de que as religiões orientais oferecem uma compreensão da mente muito mais completa do que tudo que antes foi visualizado pela ciência ocidental. Ao mesmo tempo, os próprios líderes das novas religiões... os numerosos gurus e mestres espirituais, agora no ocidente, estão reformulando e adaptando os sistemas tradicionais conforme a linguagem e atmosfera da Psicologia moderna.”
Com todos estes movimentos disparatados, não é de admirar que homens e mulheres perturbados em toda a América já não saibam se precisam de ajuda psicológica ou espiritual: a linha que divide o terapeuta do guia espiritual está confusa.
O anticristo, empossado com os sinais e maravilhas da mentira e buscando adoração, será o último terapeuta e guia espiritual.
Embora afirmando ser Deus, ele oferecerá o potencial da divinização, inclusive os poderes demoníacos que ele será capaz de exibir a todos os que o seguirem, divinizando-se a si mesmos. A mentira do início é a mentira do fim.
O levedo da mentira parece ter operado o seu caminho no mundo inteiro, inclusive em muitas igrejas, as quais têm olhado mais para o mundo do que para a Palavra.
Qual é a resposta da Palavra de Deus?
“E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.” (2 Tessalonicenses 2:10-11)
Contudo, o Senhor não deixou os crentes sem uma defesa contra a sedução da mentira. Jesus orou ao Pai:
“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17)
Sua exortação, quando obedecida, irá nos livrar da fortaleza do EGO:
“Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31-32)