7 de mar. de 2011

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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   Alguns anos atrás, um importante “profeta” do Movimento Carismático predisse que uma “verdadeira revolução na terra” iria mudar radicalmente o curso e até mesmo a definição de Cristianismo: Rick Joyner falou do “desmantelamento de organizações e da dispersão de algumas obras, como sendo uma experiência positiva e reconstituinte para os fiéis servos do Senhor”.
   Esses revolucionários disseram que essa obra “seria uma grande companhia de profetas, mestres, pastores e apóstolos... levantada com o espírito de Finéias”.
   O Livro de Números, cap. 25, registra a narrativa de Finéias (filho de Eleazar), o qual comandou o assassinato dos israelitas desobedientes para afastar a ira divina sobre Israel.
   Conforme Joyner, o mesmo “espírito de Finéias” vai caracterizar uma grande companhia também chamada “Exército de Joel”, a qual vai redefinir o Cristianismo.
   A preocupação de Joyner com termos bélicos, predominantes em seus livros e profecias, pode estar relacionada com a sua investidura como Cavaleiro da Soberana Ordem Militar de Malta (SMOM).
   Esse fato é revelado na denúncia de Joseph Chambers (Paul Cain & Rick Joyner) e por ter Joyner defendido galantemente os Cavaleiros de Malta no “The Morning Star Bulletin”, defesa que foi renovada na internet, após a denúncia do Rev. Joseph Chambers. A defesa de Joyner da SMOM está impressa numa boa análise do assunto: “Trouble in Prophetland”, pela Harvest NETwork.
   Quais os nobres feitos de cavalaria que têm sido realizados pelos modernos Cavaleiros de Malta?
   Nosso registro sobre The John Birch Society expôs a obra da SMOM na desestabilização e conquista da América Latina. A ampla cobertura de John Prewitt dos Cavaleiros de Malta, mais documentos de que “as operações dos espiões nazistas” e a CIA foram auxiliadas pela SMOM, cujos membros têm estado envolvidos com atividades neofascistas “que operam desde os negócios secretos com o crime organizado até às revoluções sangrentas na América Latina, os quais têm destruído governos democraticamente eleitos”.
   Acompanhar as operações terroristas da CIA na América Latina foi o aparelho chave de mudança organizado por Ed McAteer - A Mesa Redonda Religiosa - um suposto modelo atual da manipulação dos cristãos conservadores nos USA, adotando processos psicológicos bélicos semelhantes.
   Nelson Bunker Hunt, fundador da Mesa Redonda Religiosa e, mais tarde, do JBS e do CNP (Council For National Policy), é membro da “Military Hospitaller Order of St. Lazarus of Jerusalem” (Ordem Militar Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém), uma irmandade racista, com base na Escócia.
   Com esse pano de fundo, recomendamos o exame do seguinte livro de Rick Joyner: “The Final Quest” (A Busca Final).
lv10066g   Os tons gnósticos predominantes neste livro, segundo observa Richard Engstrom, “estão suspeitosamente em harmonia com o gnosticismo das religiões pagãs orientais e outras seitas arcanas. Joyner apresenta a obtenção de poder espiritual como uma busca”… “A Grande Busca” é exatamente o termo usado para descrever a jornada espiritual pela qual as várias ordens de cavalaria atingem a imortalidade, através de níveis ou graus de transformação, durante os ritos de iniciação.
   Vamos dar uma olhada no livro…
“THE FINAL QUEST”, de Rick Joyner.
   O livro mais parecido com este foi o “Space Trilogy” (Trilogia Espacial), de C. S. Lewis. Contudo, Lewis não pressupõe que esse livro seja algo mais que pura fantasia. Na história “Pilgrim’s Progress” (O Peregrino), de John Bunyan, ele não pressupõe que o seu livro vá além de uma alegoria sobre a vida cristã.
   Já o livro de Joyner, o qual contém todos os elementos de alegoria e fantasia encontrados em outras obras de ficção, é pressuposto pelo autor como sendo diretamente inspirado, isto é, quando não o próprio livro, porém ele garante que os sonhos e visões ali registrados são verdades divinas (haja heresia!).
   Ele assegura que existem três diferentes graus de inspiração; mas então ele prossegue em definir esses “níveis”, a fim de assegurar ao leitor exatamente qual o nível de inspiração que ele atribui às suas próprias revelações: é notório que todo herege fundador de algum movimento ou seita herética sempre tem revelações “divinas” entregues pelo “anjo Gabriel”…
   O NÍVEL UM: ele assegura ser o nível das “impressões” proféticas.
   O NÍVEL DOIS, o da “iluminação consciente”, que ele atribui aos apóstolos, quando estes escreveram os documentos do Novo Testamento.
   O NÍVEL TRÊS, um pouco mais elevado, é o nível das “visões abertas” e, finalmente,
   O NÍVEL QUATRO, o mais elevado, que ele escreve como o “transe” e foi sob esse nível de inspiração que Rick Joyner afirma ter recebido os seus sonhos e visões. Em outras palavras, ele afirma estar num nível mais elevado do que os apóstolos, quando estes escreveram os Evangelhos e as Epístolas!
   Há três notáveis características neste livro, as quais lhes chamarão a atenção como sendo evidência de que este homem é apenas mais um falso profeta:
   1) Muitas das proposições asseguradas nesta obra são claramente anti-escriturísticas;
   2) Através da narrativa deste livro o autor consegue ser visto como um personagem primordial e exemplar;
   3) A descrição da Igreja do Senhor Jesus Cristo se resume a nada mais que uma investida satânica contra os santos.
   As Hordas do Inferno estão em marcha
   Nesta seção, o autor descreve o que viu em sua visão, como sendo uma grande guerra acontecendo na Cristandade, a qual se assemelha à Guerra Civil Americana do século passado. Ele escreve:

   “Então me lembrei de Abraão Lincoln. A única maneira dele se tornar um ‘Emancipador’ e preservar a União foi querer lutar nessa guerra civil. Não apenas ele teve de lutar, mas de lutar com a resolução de não se comprometer, até que a vitória final fosse completada.”
   “Ele (Lincoln) também foi forçado a ter a graça de lutar nessa guerra sangrenta de nossa história, sem ‘amaldiçoar o inimigo com a propaganda’.”

   Com essa declaração em mente, tomem nota de sua descrição dessa “Guerra Civil”, na qual ele termina “amaldiçoando” virtualmente toda a Igreja, exceto, é claro, a ele e a seus amigos.
   Nessa visão que ele intitula “As Hordas do Inferno estão em marcha”, Joyner se vê à frente do grande exército que ele chama “Exército do Senhor”: notem que ele continua a ser, em todas as suas visões, o personagem central daqueles que serão mais imitados.
   O maior exército de oposição ao “Exército do Senhor” de Joyner é a horda de demônios que está governando os cristãos, já sob total controle, domínio e destruição. Estes são continuamente descritos como aqueles que, nas palavras do autor, estavam “procurando esvaziar um futuro movimento de Deus, o qual foi destinado a atrair massas de pessoas para dentro da Igreja”.
   É impossível, neste espaço resumido, fazer justiça a um quadro tão horrendo dessa inacreditável caracterização demoníaca do exercito inimigo, conforme descrição do autor: trata-se de um exército composto de hordas demoníacas, vencendo os cristãos e mantendo-os aprisionados, com aves de rapina “vomitando” condenação sobre os prisioneiros, com demônios “urinando e defecando”, um lodaçal de orgulho e ambição própria contra os cristãos, os quais eram conduzidos como animais, e serpentes de vergonha, que agrilhoavam as pernas dos prisioneiros cristãos, os quais nem mesmo a Verdade pôde derrotar.
   O tempo inteiro, esses cristãos, demoniacamente aprisionados, estão se atacando e se matando uns aos outros, com calúnias e acusações.
   A descrição do autor, do que ele vê como uma realidade dentro da Cristandade, é por demais convincente para aqueles que não se detêm a examinar o assunto, conforme a Palavra de Deus.
   É típico do engano efetivo que a mentira esteja intimamente entrelaçada com a verdade e este livro não foge à regra. Tudo que leitor tem de fazer é observar o mesmo com olho cínico, esquecendo o que a Bíblia ensina e, assim, o quadro descrito por Joyner não lhe parecerá muito longe de acontecer.
   Que nos dias de hoje existem rompantes e virulentas controvérsias na Cristandade é inegável, mesmo assim deve ser feita uma distinção entre a “Cristandade” que engloba todos os cristãos professos e o “pequeno rebanho” de Jesus Cristo, a Igreja, a qual é descrita na Bíblia como “a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3:15).
   O Apóstolo Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, descreve a Igreja em termos obviamente diferentes daqueles descritos nas visões de Joyner:
   “E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.” (Efésios 2:6-7)
   O autor de Hebreus 10:14 faz a espantosa e contraditória declaração:
   “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.”
   Em nenhuma passagem da Escritura encontramos o tipo de descrição do povo de Deus, conforme a encontramos no livro de Joyner.
   Além disso, as profecias são para os últimos dias desta era e não falam de uma guerra civil, nem de um reavivamento: o testemunho dos apóstolos e profetas é que os últimos dias desta era da Cristandade (não a Igreja) serão caracterizados pela apostasia, pelos falsos profetas, falsos irmãos e falsas doutrinas.
   Em parte algum é dito que devemos esperar que as coisas melhorem, mas apenas que serão bem piores. De fato, o próprio Jesus indaga em Lucas 18:8:
   “... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”
   Haverá uma contínua incursão de malignidade na Cristandade, cujo resultado final será dar as boas vindas ao Anticristo e não haverá uma gloriosa vitória da Igreja antes da volta de Jesus Cristo.
   Não haverá “conflito final”, antes que o Senhor volte, e esse “conflito final” (de Joyner) é uma das insinuações e falsas promessas deste livro. Quaisquer guerras que porventura venham a acontecer na Cristandade não envolverão os santos que tiverem obedecido à ordem dada pelo Senhor em Apocalipse 18:4:
   “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”
   A parte 2 encontra o nosso herói e seus amigos no “Jardim de Deus”. Jesus Cristo se encontra ali presente e eles têm a permissão de comer da Árvore da Vida. Joyner é pessoalmente assistido por um anjo chamado Sabedoria, nesse lugar que ele afirma ser o terceiro céu.
   Após breve interlúdio no “Jardim de Deus”, bem no topo da montanha, nosso personagem central (Joyner) é convocado muitas vezes a descer da montanha para juntar-se com os irmãos na batalha que estava sendo travada durante o tempo inteiro em que ele esteve ausente. Quando os irmãos o avistam, tratam-no com grande deferência por causa do brilho da glória de Deus emanando dele.
   A Montanha Sagrada
   A montanha de Joyner é por ele identificada com os níveis de verdade espiritual atingidos, quando os soldados chegam ao topo da mesma.
   No topo da montanha se encontra o “Jardim de Deus” e do próprio Jesus, porém, para ali chegar, a pessoa precisa atingir “níveis” de salvação, santificação, ações de graças, louvor, etc. Sabedoria, o anjo que Joyner afirma ser o próprio Jesus, lhe explica:
   “A razão de você estar me vendo, enquanto os outros não podem me ver, não significa que Eu tenha penetrado no seu ambiente, mas que você alcançou o meu. Essa é a verdade que somente os profetas conhecem, a qual lhes dá grande ousadia, até mesmo quando enfrentam sozinhos os exércitos.”
   Esse tipo linguagem é suspeitosamente harmoniosa com o Gnosticismo das religiões pagãs e seitas arcanas.
   Joyner apresenta a obtenção de poder espiritual como uma “busca”, o que contraria a declaração bíblica:
   “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil (…) Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1 Coríntios 12:7 e 11)
   “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (João 14:21)
   Crer e obedecer ao Evangelho não é juntar-se aos maçons; não edificamos nosso caminho através de níveis de iniciação, de rituais e disciplina, a fim de atingir poder e autoridade.
   O Retorno das Águias
   A sequência deste livro é tal que cada visão e sonho sucessivos estão edificados sobre as promessas de visões anteriores. Também é óbvio que o autor está em total sintonia com as doutrinas da “Terceira Onda” (conforme é chamada por alguns) e do “Reavivamento Fluvial”, cujos ensinos são apenas uma sequência adicional das falsas doutrinas dos “Manifestos Filhos de Deus” e do movimento “Latter Rain” (Chuva Serôdia), etc.
   As águias são identificadas como os “profetas ocultos, que têm sido guardados para esta hora”.
   Uma das águias, que fala com Joyner, na história, introduz ali uma das doutrinas mais populares do “River Revival”:
   “Aqui estou para despertar os dons em vocês e em muitos outros como vocês, e também vou ensiná-los como usar os mesmos.”
   Falsas promessas: “Deus escondeu uma companhia de profetas que Ele pretende trazer à proeminência nesta hora”.
   Sabemos apenas a respeito de dois profetas que virão à proeminência, no final desta era, que são as duas testemunhas de Apocalipse 11:13. Quaisquer que sejam os profetas “bona fide” existentes atualmente, eles deverão estar denunciando a apostasia da Cristandade; portanto, não serão proeminentes nem aplaudidos pelo público.
   Falsa doutrina: “Esses profetas despertarão dons espirituais no íntimo dos ‘vencedores’ e ensiná-los-ão a usar esses dons espirituais”.
   Essas garantias contradizem a doutrina do Espírito Santo conforme a encontramos na Bíblia: é o Espírito Santo quem transmite os dons espirituais. Estes devem ser recebidos pelo compartilhamento da imposição de mãos, mas em parte alguma é dito que esses dons são latentes em nosso íntimo ou que exigem treinamento pelos que são iniciados no “reino”.
   Na última metade da parte 3 deste livro, as coisas se tornam realmente místicas: o autor vê portas em lugares diferentes sobre a montanha, as quais ele não observou a princípio.
   Uma das águias lhe conta que existem alguns meios mais rápidos para se chegar ao topo da montanha, mas somente uma dessas vias conduz diretamente ao topo da montanha.
   A águia informa ainda que existem portas da verdade, as quais conduzem diretamente a passagens em direção ao topo da montanha. Quanto tempo é necessário para alguém atingir o topo, diz Joyner, depende de sua maturidade: “Eu não fui diretamente ao topo, nem encontrei pessoa alguma que o tenha feito”, continuou a águia.
   Embora não inesperadamente, o autor atravessa a porta, escolhe a passagem correta e vai direto ao topo. Logo após ter atravessado a porta, Joyner foi assistido por anjos, que ali se encontravam para servi-lo. Esses também lhe prestaram honra porque ele estava vestido com o “manto”.
   Ali mesmo, Joyner encontrou algumas pedras, tipo preciosas, na chamada passagem da salvação. Cada pedra, quando segurada na mão, lhe concedia uma revelação especial sobre a verdade de Cristo e quando essas pedras são deglutidas, as realidades espirituais tomam conta da pessoa.
   Citemos Eric Weiss, o qual escreveu uma excelente apreciação deste livro, a qual pode ser encontrada em um site (atualmente bloqueado):
   As declarações de Rick sobre as portas e os tesouros parecem ter procedido da obra de Tolkien - O Senhor dos Anéis - de alguma novela fantástica ou de algum livro de busca da Nova Era. Podem até mesmo ter sido inspiradas em certas passagens de Provérbios, as quais falam que tais tesouros estão em nosso coração e que, à medida em que coletamos mais tesouros, estamos atingindo níveis mais elevados (uma espécie de ZORK, o jogo virtual da “Busca do Rei” (King’s Quest). Contudo sou levado a pensar que somente em Cristo “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Colossenses 2:3), os quais n’Ele permanecerão, em vez de nos tornarmos “tesouros na casa de Deus”.
   O Trono Branco
   A parte 4 é, obviamente, a mais distante da histórica ortodoxia cristã. Agora Joyner já está na sala do trono celestial, aproximando-se do Tribunal de Cristo. Sua viagem pelo longo átrio inferior o conduzira ao contato com multidões de pessoas do passado, já falecidas, e que agora estão no céu.
   Ele falou com uma após a outra, em tempo real, com real familiaridade, e com algumas personalidades da vida cristã, já falecidas, inclusive com o apóstolo Paulo. Isso nos faz lembrar idênticas experiências de Benny Hinn, o qual afirma ter estado em contato com Kathryn Kuhlman, desde que esta faleceu.
   É notável que a atual campanha pela unificação da Cristandade seja acompanhada de uma séria tentativa de derrubar as barreiras existentes entre o Catolicismo Romano e o Cristianismo Protestante, pois aqui está um capítulo no qual Rick Joyner abre uma larga porta à doutrina católica romana da comunhão dos santos, segundo a qual não apenas podemos orar aos santos, mas até mesmo falar com eles.
   Por favor, lembrem-se de que o único exemplo na Bíblia em que essa tentativa foi feita, foi o do Rei Saul, quando este apelou à feiticeira de Endor para convocar o espírito do profeta Samuel, pecado pelo qual foi condenado.
   Joyner pode protestar que se trata apenas de sonhos e visões, mas mesmo assim permanece o fato de que ele registrou tais encontros e conversações como se realmente tivessem acontecido.
   Ao escrever essas coisas, do modo como ele o fez, Joyner está advogando claramente práticas ocultistas, as quais são claramente condenadas na Bíblia como abominações: as conversações que Joyner supostamente manteve com esses santos glorificados e perfeitos é bastante reveladora quanto à sua fonte real. Algumas das doutrinas por estes comunicadas são patentemente falsas. Não é necessário ter um grande discernimento para verificar que, se vocês acham que estão no céu, conversando com santos glorificados e que estes estão falando coisas contrárias à Bíblia… vocês NÃO estão no céu, NEM esses seres são santos!
   Numa conversa pessoal com alguém que o autor identifica apenas como “um famoso Reformador” e sua esposa, eles lhe contaram que foram fracassos na terra e agora se encontram entre os inferiores, no céu. A conclusão sobre o assunto defendido pela esposa do Reformador, é que se eles não tivessem se desviado do caminho da vida, “esse grande átrio (do céu) estaria repleto de muitas almas a mais”.
   Esta é uma falsa doutrina, que contradiz diretamente as palavras de Cristo em João 6:37:
   “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”
   O autor afirma possuir um grau mais elevado de revelação do que o Apóstolo Paulo. Afirma ter estado no céu e conversado com os santos, os quais, presumível e finalmente, conheceram perfeitamente a Verdade.
   Assegurar tais coisas, como se a salvação de alguém dependesse da fidelidade de qualquer pessoa, além do Senhor Jesus Cristo, é uma horrenda heresia, a qual, por si mesma, desabona todo o livro.
   Novamente ele registra uma conversa com outro santo, ao qual não dá o nome, e que ele considera o maior escritor cristão de todos os tempos. Essa pessoa vomita a mesma mentira:
   Se eu tivesse passado tanto tempo buscando conhece-lO, como fiz tentando conhecer a respeito d’Ele, a fim de impressionar os outros com o meu conhecimento, muitos dos que estão neste átrio inferior (do céu) estariam assentados em tronos para eles preparados, e muitos outros estariam sentados aqui nesta sala.
   O ponto alto neste capítulo é aquele em que Joyner mantém uma conversa cara a cara com Jesus Cristo, em Seu Tribunal do Julgamento. Jesus chora pelos perdidos que morreram rejeitando a Sua salvação e, em seguida, entrega a Joyner uma taça contendo uma de Suas lágrimas e o ordena a beber… isso precisa de algum comentário?
   Os Vencedores
   Esta parte contém um diálogo quase contínuo entre Jesus e Joyner, no qual “Jesus Cristo (que) é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8), lhe disse:
   Minha igreja agora está coberta de vergonha porque não tem juízes.
   Sem levar em conta que o Senhor Jesus Cristo JAMAIS falou de juízes na Igreja, esta declaração é impossível de ser reconciliada com Mateus 16:18:
   “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
   Nosso Deus, O qual “chama as coisas que não são como se já fossem” (Romanos 4:7), jamais faria tal declaração sobre a Sua Igreja.
   De qual igreja estaria Joyner falando? Certamente não da assembleia dos santos, a qual está assentada com Cristo nas regiões celestiais, acima de todos os principados e potestades deste mundo.
   Atribuir tal declaração ao Senhor Jesus Cristo é abominável: se a Igreja do Senhor Jesus está vestida de alguma coisa, pode ser com a censura d’Ele, que também é a sua glória.
   Joyner prossegue citando Jesus Cristo:
   “Tenho imputado justiça ao povo que escolhi, mas como Israel no deserto, até mesmo os grandes santos da era da Igreja, apenas por um breve espaço de tempo se alinharam com os meus caminhos ou com uma pequena parte de sua mentes e corações.”
   Aqui ele diz que o mesmo Deus que falou com Balaão, testificando que “não viu iniquidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó” (Números 23:21), é o nosso Deus lamentando o fato de que nenhum dos santos através da história tenha jamais abandonado suas vidas neste mundo por amor a Cristo, ou tratado a sua fé como nada mais que um hobby?
   Lembrem-se que existe alguém que é o acusador dos irmãos e esse não é o nosso Senhor e Salvador. Garanto-lhes que quaisquer que sejam os sonhos e visões de Joyner, eles provêm de um “deus” que não conhecemos na Bíblia.
   O fato desse livro ter sido vendido aos milhões e que tanto o livro como o autor sejam aclamados é alarmante, embora não surpreendente. Estes são dias trabalhosos, de grande e final apostasia da Cristandade, e existem poucos que ainda acreditam no que a Bíblia diz.
Tradução de Mary Schultze

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