“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)
Tenho certeza absoluta de que fiz parte da
igreja de Filadélfia e, desde o início de meu ministério, a passagem acima sempre me foi bastante enigmática (e até mesmo frustrante), pois meu testemunho pessoal, assim como o de muitos outros cristãos genuínos, é o de que as igrejas, a despeito das denominações ostentadas, estão se tornando, por si próprias, portais para o inferno ao abandonar sua missão primordial – o aparentemente simples “pregar a Palavra” – para acolher as mais incatalogáveis aberrações.
Durante anos venho recebendo relatos diversos acerca do mundanismo sendo pragmaticamente aplicado sob o pretexto de “maior abrangência” ou “ganhar mais almas”… como se o pecador fosse ser convencido do pecado, da justiça e do juízo por causa das danças ou da psicologia ou da auto-ajuda ou do misticismo miraculoso…
Ora, a Palavra de Deus não deixa a menor dúvida ao registrar que:
“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17)
Será que é tão difícil enxergar e compreender que SEM PALAVRA NÃO HÁ FÉ?!? O que é necessário ser feito para entenderem que o Consolador prometido por Cristo já veio?
“Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (João 16:7-8)
Quando vão deixar de querer tomar em suas mãos as rédeas das quais o Senhor em momento algum largou?
“Ninguém pode vir a mim, SE O PAI QUE ME ENVIOU O NÃO TROUXER; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:44)
“De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias ACRESCENTAVA O SENHOR à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:41-47)
A maior parte dos frutos desse falso evangelho, baseado na manipulação humana, são toneladas e toneladas de joio cuja profusão já permitiu e garantiu seu acesso até mesmo às posições de liderança eclesiástica!
Já
escrevi longamente sobre esse tema e repito: posso garantir que temos pessoas possessas não apenas dentro das empresas eclesiásticas, mas também liderando estes arremedos capengas do que deveria ser a Igreja de Cristo!
E isso não é surpresa, pois está registrado e previsto na Bíblia sob o nome de
APOSTASIA!
Mas… diante disso… as portas do inferno prevaleceram contra a Igreja? A Bíblia errou? A palavra dada pelo próprio Senhor Jesus Cristo… foi mentirosa?!
Logo poderemos esclarecer tão grave questão, mas, antes, precisamos evidenciar que estas empresas eclesiásticas estão cada vez mais…
DESNORTEADAS E SEM FOCO REAL NA PALAVRA
Talvez meu primeiro registro acerca da utilização questionável do espaço onde deveriam se reunir os cristãos – e, pior que isso, do tempo onde deveria ser prestado o culto racional – tenha ocorrido em 2009, relativo ao
doutor Jajáh e suas questões e doutrinas anais.
De lá para cá tudo só fez piorar exponencialmente e a “bola da vez” é um vídeo onde uma – até então completamente desconhecida – doutora pastora Damares “revela” coisas terríveis – que na verdade já eram de meu conhecimento, no mínimo,
desde 2010… e parte disto foi
registrado em postagem! – e que, mesmo sendo um alerta válido, acaba resvalando para áreas que absolutamente nada têm a ver com a Palavra de Deus!!!
Ressalto que não assistiria o vídeo se não fosse a insistência de alguns que ficaram repetidamente me enviando-o, como se fosse a coisa mais importante do mundo e, para uma mulher que iria falar apenas dez minutos, ela tomou mais de uma hora do tempo que deveria ser dedicado ao culto racional e (pelos utensílios que aparecem sobre a mesa a partir de
00:16:41) a ceia. Para demonstrar meu posicionamento, abaixo estão tanto o vídeo quanto meus comentários (transcritos e aprimorados a partir dos
originais publicados no facebook):
Lembrando que não sei “simplesmente assistir” algo sem analisar, logo de início ressalto o erro da própria empresa eclesiástica de classificar e intitular isso como “pregação”: isso não passa de uma palestra ou conferência e ela própria vai falar, brevemente e no meio de tudo, tanto que essa é uma questão DE FAMÍLIA quanto que “não vai pregar” chegando, inclusive, a mencionar que essa mesma palestra é também apresentada em igrejas católicas.
Sim, aí eu concordo: é uma questão de família, ou seja, social... e sob essa bandeira as ideias abjetas apresentadas devem ser combatidas!
O fato dela frisar e repetir tantas vezes "sou pastora" é preocupante: nenhum dos outros títulos que apresenta a desabona, mas repetir isso três vezes em menos de seis minutos me deixa desconfiado de que possa estar necessitando muito de auto-afirmação… e, biblicamente falando, as mulheres têm tanto direito de ser pastoras quanto os homens de engravidar.
Então, ostentando seu “título de nobreza”, ela dá o primeiro indício de misticismo aparece quando menciona uma tal “promessa para esse Estado”, que, mais tarde, cheguei a concluir que seria o Mato Grosso do Sul, por conta das várias menções à “Campo Grande”: procurei na Bíblia inteira e não vi nenhuma referência… e o mais deprimente é constatar que as igrejas batistas não apenas estão engolindo esse papinho, mas colocando gente deste nível em seus púlpitos.
Outro surto de misticismo ocorre aos 00:41:00, enquanto ela narra um suposto “milagre” e, como “base bíblica” para tal cita “aonde meu pé pisar, esse lugar me será dado por herança”… e isso não passa da mais pura manipulação emocional com base em uma passagem tirada de seu contexto original:
“E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.” (Josué 1:1-3)
Tendo a certeza que nenhuma das pessoas relatadas no causo era Moisés ou Josué, temos aí mais um gritante exemplo de “falsa promessa” sendo promulgado dentro de uma igreja batista e, o mais lamentável… essa aberração foi seguida de aplausos.
Posso ser sincero? De verdade?! Se isso não dói em você, pode ter a certeza de que ainda não entendeu o evangelho.
00:43:30 – Os deputados evangélicos se abraçavam com os católicos e gritavam e oravam o Pai Nosso...
Todos tão emocionados pela vitória sócio-familiar e, se esta é uma causa religiosa, qual foi o motivo que levou os católicos a renegarem sua fé e NÃO REZAREM, também, algumas “Ave Maria”? Será que essa mesma versão da história é contada nas igrejas católicas?
00:44:00 – Não serão os deputados que vão mudar essa nação: é a igreja evangélica!!!
Ué? Já se esqueceu da parceria com os católicos?? Ou isso é uma grande trairagem com os aliados mencionados no instante anterior... ou ela está apenas moldando seu discurso para agradar o público presente?
A verdade é que, apesar da emoção imprimida por ela ao narrar tais fatos, o cumprimento da vontade soberana do Senhor Deus NUNCA, em momento algum, esteve em risco ou dependeu disso!
Pensem: se tais projetos fossem aprovados CONTRA a vontade de Deus… que deus fraco seria esse em que creem os evangélicos, não?
00:46:30 – A profissionalização da prostituição.
É necessário que todos, ABSOLUTAMENTE TODOS, sejam controlados, de modo que ninguém possa comprar ou vender sem que possua a vindoura marca. Já iniciaram, sob o pretexto de “dar direitos”, o controle das empregadas domésticas… apenas os desconhecedores da Palavra são capazes de achar que os serviços sexuais vão ficar de fora!
É horrível, é imoral, é indigno... mas é o cumprimento da profecia. Vai querer mudar?
0:50:50 / 0:53:50 – Realmente ela precisa muito se afirmar, o tempo inteiro… mesmo com um bom argumento, pronunciar e ouvir o título que lhe deram deve acalmá-la ou transmitir confiança…
Gostaria de citar, a título de curiosidade e para mera verificação, meu próprio exemplo: não sou pastor, não tenho títulos e a cada vez que falo, faço questão de dizer que nada sou, nada tenho de especial…
Parei com 1:01:23: a voz de choro que ela começa a fazer pode até ser condicente com a questão apresentada, mas, afinal de contas, não é ela mesmo quem se afirma como profissional gabaritada para nos apresentar tais questões? Não foi ela quem preparou a apresentação?
Me perdoem o asco declarado, mas utilizar esse tipo de recurso me remete às manipulações emocionais praticadas pelos
satânicos Valadões e dispenso isso!
Sem dúvida alguma a doutora Damares Alves denuncia verdadeiras aberrações e todas as famílias, cristãs ou não, deveriam repudiar tais práticas e movimentos, porém culpar qualquer governo, de esquerda ou de direita, por isso é suspeito, pois a profecia é uma só e, pelo andar da carruagem, é mister que tais coisas ocorram: tudo o que ela revela não é culpa apenas do PT, mas de satanás e sua influência nesse mundo... que jaz no maligno.
É óbvio que devemos resistir, mas até mesmo essa resistência há de cumprir seu papel profético – claramente descrito em Apocalipse 13:7 – e não será a criação de (mais) um político com desculpas pseudo-messiânicas que vai alterar um til da Bíblia… aliás, seria até engraçado se isso ocorresse e, em um momento qualquer, quando olhássemos na Bíblia iríamos encontrar:
“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também – MENOS NO BRASIL E EM CAMPO GRANDE (MS) – nos dias do Filho do homem.” (Lucas 17:26, com adendo único na história do universo, porque Deus foi obrigado a mudar Sua Palavra por causa do Brasil)
Isso é boa vontade demais… isso é estúpido… isso é mentira… e o pai da mentira é o próprio satanás!
Concluindo: mais sincero teria sido marcar um horário diferente para a palestra, pois se eu tivesse saído de casa na intenção de prestar o culto racional ao Senhor Deus e participar da santa ceia… não faria a menor questão de permanecer para assistir essa manipulação política disfarçada de pregação, a despeito da validade de suas informações.
Relacionei cautelosamente todos os argumentos acima, pois minhas palavras não são mero
PRETEXTO
Ia ficar parecendo rebeldia, falta de educação e apavoraria todos os místicos que têm medo de maldição, mas eu levantaria sem temor e iria embora! Assisti mais de uma hora de conversa, não soube de nada que já não soubesse, não fui alimentado com a Palavra… aliás, pelo contrário, ouvi deturpações e misticismo! Em suma: NÃO FUI EDIFICADO!!
Como em nossos dias quase ninguém leva o cristianismo e a Palavra a sério, esse tipo de evento costuma ficar por isso mesmo, todos ficam amiguinhos nessa empresas eclesiásticas que são mistura de clube social com partido político, ouve-se as baboseiras e… nos vemos semana que vem.
E daí o joio se multiplica, perfeitamente disfarçado e confortável dentro do lugar onde deveria estar apenas o trigo!
Não vou falar das longas horas de louvor inócuo e nem mencionar as danças inúteis, mas os poucos que têm o discernimento (que apenas o Espírito Santo pode dar) costumam sofrer de frustração e inanição nessa legítima miséria alimentar espiritual: tentam exortar, mas são chamados de rebeldes! Querem usar a Palavra, mas em nome do “amor” são constrangidos ao silêncio! São abertamente amaldiçoados por “estar fora da visão” ou, o ápice da condenação, haver “tocado em um untado do sinhô”!!!
Há oito anos eu próprio fui um desses e, atualmente, a cada dia tenho mais certeza de que é impossível voltar a chafurdar nessa lama da bondosa ignorância generalizada… e isso nunca foi escolha minha!
Do mesmo modo, há um grupo de “espertos” que não suporta mais viver com aparência de piedade e está procurando apenas o pretexto para “chutar o balde” e, com algum argumento clássico – “me decepcionei”, “testemunhei carnalidade”, “fui enganado”… – saem direto para o “mundão” doidos para dar vazão a todas as suas concupiscências.
Esses se esquecem muito rapidamente do pouco que podem ter ouvido a respeito do verdadeiro Deus e, muitas vezes, acabam até mesmo se tornando inimigos do evangelho… de todas as formas possíveis!
Como a maior parte dos que saem é realmente joio, fica difícil ser compreendido pelos que se dispõem a continuar “no sistema”: com raras exceções, uma maioria composta por pessoas que preferem seguir o “senso comum” da “zona de conforto”, típica dos que ignoram voluntariamente ou são incapazes de compreender o verdadeiro poder da Palavra por si próprias, preferindo depender para sempre de um sacerdote (geral e convenientemente cego ou míope) para guiá-las e caninamente doutriná-las a, por exemplo, “não julgar” ou “estar sob cobertura”…
Tais líderes juntam e classificam ambos os grupos anteriormente descritos dentro de um mesmo e conveniente (para eles) balaio: os terríveis…
“DESIGREJADOS”
Em primeiro lugar sinto a necessidade de esclarecer que, apesar de sermos “templo do Espírito Santo”, ninguém pode ser “Igreja” sozinho: recomendo efusivamente a leitura, mas não pretendo repetir aqui o que
já escrevi acerca do ato de congregar.
A partir de agora, por ter sido incluso na qualificação de “
desigrejado” – a despeito de meu amor e temor pelo Senhor Deus e por Sua Palavra – trarei sobre mim (e isso tornará o texto bastante mais subjetivo) o opróbrio daqueles que nunca quiseram deixar de ser Igreja, mas que testemunham a instauração da apostasia a partir da ignorância crônica que contamina pessoas e instituições.
Creio ser fundamental basear meu discurso em algumas importantíssimas passagens registradas na Bíblia acerca da Igreja… e mais do que convenientemente ignoradas pelas empresas eclesiásticas:
“Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros SE MANIFESTEM entre vós.” (1 Coríntios 11:18-19)
Ora, tenho certeza absoluta que a passagem acima não está se referindo à simples e estúpida sinceridade antropocêntrica que, no final das contas, acaba dando vazão à concupiscência: não me restam dúvidas de que essa chamada “manifestação dos sinceros” há de ser pautada nessa Palavra Eterna e, por isso, igualmente com base nela respondida.
É isso que ocorre?
Quando a igreja, batista, na qual fui criado começou a deixar de ser Filadélfia para se tornar Laodicéia com base no pragmatismo demoníaco de Rick Warren, eu me manifestei – e isto
está registrado – de modo bíblico e respeitoso, esperando que o pastor, homem a quem
respeitava como pai, tivesse alguma solução biblicamente plausível a me oferecer… sabem o que recebi? O título de “rebelde”, a fama de “soberbo” e, num domingo, no ápice da ética pastoral, fui chamado de anticristo, diante de todos aqueles que cresci chamando de irmãos, lá do alto do púlpito!
Estaria a Bíblia equivocada ao registrar que é importante a manifestação dos sinceros?? Aliás… estariam todas as passagens abaixo erradas?
“Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.” (Romanos 15:14)
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” (Efésios 5:21)
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Colossenses 3:16)
“Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.” (1 Tessalonicenses 5:11)
“Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:13)
Cito também Hebreus 10:25 – analisado atentamente no texto sobre o ato de congregar – e uma das primeiras estupidezas historicamente implantadas na cabeça dos que têm preguiça de pensar é que “exortar” é sinônimo para “falar mal”!
Tenho certeza absoluta que se alguém, qualquer um verdadeiramente baseado na Palavra e inspirado pelo Espírito Santo, ousar exortar qualquer erro dos sistemas vigentes, terá de passar por um processo onde a Palavra é ignorada em detrimento das
falaciosas acusações desqualificadoras como “falta de amor”, “
não julgueis”, “
está tocando no ungido”, “saiu da visão”…
Aliás, é importante ressaltar que cada um dos modelos vigentes de gestão eclesiástica cultivou, através da história, seu próprio “mecanismo hermético” de proteção contra questionamentos e toda essa estrutura administrativa e organizacional acaba tornando-os em meras
EMPRESAS ECLESIÁSTICAS
A contrapartida de admitir que ninguém pode ser Igreja sozinho é reconhecer que, de igual modo, fazer parte de uma empresa eclesiástica não significa que, necessariamente, estejamos fazendo parte da Igreja!
Para começo de conversa, fora do cristianismo bíblico a Palavra de Deus não confirma nenhuma denominação ou religião como “a correta”, inclusive deixando bem clara a necessidade de confirmação das igrejas:
“E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, CONFIRMANDO as igrejas.” (Atos 15:40-41)
“E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. De sorte que as igrejas ERAM CONFIRMADAS NA FÉ, e cada dia cresciam em número.” (Atos 16:4-5)
Diante disso, por favor, me respondam: quem confirma as igrejas que temos atuando em nossos dias… senão elas próprias?!
Ora, se couber a mim mesmo a missão de “me confirmar”… então estarei livre para flexibilizar quaisquer parâmetros até o ponto onde estejam meus interesses! Terei autoridade para calar qualquer dissidência, por mais verdadeira que seja, baseado em leis doutrinárias internas que, muitas vezes, são criadas mais com base na maldita “boa vontade” antropocêntrica do que firmadas na Palavra do Senhor!
Querem alguns exemplos?
Quem valida os rituais de possessão demoníaca praticados na maioria das empresas eclesiásticas pentecostais?
Quem valida o pragmatismo de Warren ou pelo misticismo dos Valadão senão os batistas que já foram deslumbrados e contaminados por eles?
Quem valida o pedobatismo dos presbiterianos – fora a militância maçônica quase explícita demonstrada por alguns de seus pastores – senão eles próprios… e a igreja católica.
Quem valida as falsas promessas de bens materiais senão os neopentecostais?
Quem, sustentado vitaliciamente por uma empresa, poderia incentivar, mesmo que em prol da Verdade, seu esvaziamento?
Por favor, não deixem de observar que em momento algum generalizei as informações apresentadas, mas a Bíblia sim, esta “pega geral” e não deixa escapar ninguém! É nela que está escrito:
“Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. Vinde, dizem, trarei vinho, e beberemos bebida forte; e o dia de amanhã será como este, e ainda muito mais abundante.” (Isaías 56:10-12)
“Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai.” (Atos 20:29-31a)
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (2 Pedro 2:1-3)
Sim, queridos irmãos, eis que diante de vós está se cumprindo a profecia bíblica da apostasia: boa parte das empresas eclesiásticas já abandonou a integridade da Palavra no intuito de “agradar” seu público consumidor! Nelas estão se reunindo, em arremedos de culto e em nome de um “amor” abjeto, fiéis e infiéis.
Infelizmente, muitos não estão preparados para, mesmo enxergando, reconhecer isso e, se não conseguem crer no que lhes apresento, peço que creiam na Palavra:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” (2 Coríntios 6:14-18)
Mas… aceitar que tamanha contaminação aconteceu significaria dizer que a palavra do Senhor Jesus Cristo, registrada na Bíblia, falhou, pois isso implicaria em confirmar que a Igreja foi derrotada pelas
PORTAS DO INFERNO?
De modo algum!
Fui sobremaneira abençoado e surpreendido ao, lendo John MacArthur, descobrir uma explicação bastante mais ajuizada e plausível para Mateus 16:18:
“A imagem retórica desta passagem é frequentemente mal compreendida. Jesus não estava sugerindo que a igreja seria inacessível aos ataques do hades. A palavra “portas” não sugere uma investida ofensiva. Portas não são armas; são obstáculos. Jesus estava retratando o inferno como uma prisão, sugerindo que suas portas seriam incapazes de conter ou aprisionar a igreja.
“Hades” é a habitação dos mortos. É a palavra grega equivalente à hebraica sheol (cf. Salmos 6:5). A versão Revista e Atualizada traduz assim esta frase: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela”, mas isso é enganoso. Jesus não estava se referindo ao eterno tormento do inferno eterno; estava afirmando que o sepulcro não poderia reter os eleitos. As portas da morte não foram capazes de deter Jesus e não podem manter cativo o cristão. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55).
Na realidade, as portas do hades não prevalecerão contra ela é uma promessa de ressurreição. A linguagem de morte e ressurreição estava se tornando um tema comum nos ensinamentos de Jesus. Ele sabia que seus discípulos enfrentariam dias traiçoeiros e que todos (exceto João) acabariam dando suas vidas terrenas como mártires em nome de Jesus. Ele estava prestes a dizer-lhes: “Quem quiser salvar a sua vida perde-la-á; quem perder a vida por minha causa acha-la-á” (Mateus 16:25). Porém, antes, Jesus asseverou-lhes que o sepulcro não poderia reter os seus eleitos.
Esse assunto permeia todo o Novo Testamento. Visto que Cristo venceu a morte, os crentes não precisam temê-la. “Havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele” (Romanos 6:9); tampouco a morte tem domínio sobre aqueles que, pela fé, estão unidos a Cristo. Jesus prometeu: “Porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14:19). Na visão do Apocalipse, Jesus declarou: “Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”. Jesus destruiu “aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, e livrou “todos que, pelo pavor da morte, estava, sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15). Jesus tomou as chaves da morte e do hades; agora o sepulcro não pode reter os eleitos dEle.
Aqueles discípulos em breve estariam no ardor da batalha, e o Espírito Santo haveria de lhes trazer à memória esta promessa, que deve lhes ter fornecido um grande consolo e um novo vigor. Eles eram, em última análise, invencíveis. Seriam perseguidos e morreriam por sua fé, mas já tinham a garantia de saírem como vitoriosos. As portas do hades não prevaleceriam contra eles.”
(John MacArthur — COM VERGONHA DO EVANGELHO, págs. 207 a 209)
Pesquisando mais a fundo, fui verificar o comentário bíblico de F. Davidson acerca dessa passagem e encontrei:
“A interpretação comum deste trecho sempre era que os poderes do mal nunca poderão prevalecer contra a igreja de Cristo. Embora verdade, o sentido mais real é que a morte nunca vencerá finalmente os crentes, visto que todos ressuscitarão um dia. A palavra inferno – do grego haidês - significa sepulcro (do hebraico sheol).”
Isto posto, fica evidente que esta passagem não tem absolutamente nada a ver com as empresas eclesiásticas, porém com cada verdadeiro membro, individualmente, do corpo de Cristo: aqueles que receberam o Espírito Santo como penhor de sua redenção e, por isso, nunca deixarão de ser Igreja!
Não resta dúvida que a apostasia é um momento singular na história da humanidade e buscar algum procedimento registrado na Bíblia para saber como lidar com isso seria como, por exemplo, se os Paulo, ao invés de pregar a Palavra no areópago, decidisse circular as muralhas de Atenas sete vezes por sete dias e, depois, tocar buzinas… bíblico, mas inútil.
Há vários motivos para que se mantenha esse discurso de maldição e descrédito sobre qualquer um que se afaste das empresas eclesiásticas: o mais óbvio seria o financeiro, porém alguns o fazem simplesmente para ter serviçais e aduladores – que não questionem suas decisões de vaidade e os tenham sempre como co-redentores e mediadores ou, em termos gospel, “
cobertura espiritual”…
Outros o fazem por não acreditar no cumprimento profético ou, pior ainda, achar que estes dias terríveis em que vivemos já são o próprio reino de Cristo na terra – para esses, tudo que se relacione ao Apocalipse e ao fim dos tempos costuma ser “coisa de conspiracionistas”!
Há ainda quem sonhe com uma “
nova reforma” sem se dar conta de que a concretização de tal utopia iria apenas adiar o aguardado e decisivo dia do Senhor…
Não estou me posicionando contra os que congregam – nunca o fiz! – mas estou querendo deixar em evidência que há muito mais gente, dentro ou fora das empresas eclesiásticas, preferindo viver de aparências (ou em descarada rebeldia) sem nunca se dar ao trabalho de tomar conhecimento do amor da Verdade.
Há muitos que estão dentro e cumprem com perfeição o que foi descrito em 2 Timóteo 3:
aparência de piedade, mas negando o poder; aprendendo sempre , mas nunca chegando ao conhecimento da verdade…
Há muitos que saíram após conseguir algum pretexto que justifique a imagem de vítima que virou moda, mas que, na verdade, querem apenas uma desculpa para que, diante de suas imundícies, possam dizer, se fazendo de vítimas, “eu tentei”…
Não tenho dúvida de que a maioria, dentro e fora, tanto errou a porta estreita quanto anda bem longe do caminho apertado…
Quanto a mim, posso dizer que a empresa eclesiástica me ejetou… mas nunca, em momento algum, estive fora da Igreja: são oito anos de publicação cristã adenominacinal e com base bíblica, a disposição para análise e refutação. Estou sempre pronto para receber a exortação e disposto a pedir perdão em caso de erro. Buscando ser sempre acessível e nunca querendo parecer mais do que sou – um mero plagiador da Palavra.
Por todo esse tempo permaneci amando ao Senhor Deus acima de todas as coisas, buscando o discernimento (que apenas o Espírito Santo pode dar) para compreender a Palavra e conseguir torná-la prática em minha vida, de modo a permanecer firme na fé, pregando a Verdade, identificando e fugindo da contaminação… mesmo que sozinho.
Agora parece que chegou o momento de, novamente, me reunir a outros cristãos: inicialmente no papel de professor – visando fortalecer o conhecimento e o desenvolvimento de raciocínio com base na Palavra – mas, em breve, espero estar ao lado de novos Teóphilos, igualmente dispostos a batalhar em defesa da fé genuína e cientes de que as portas do inferno não hão de prevalecer.
Que o Senhor Deus continue protegendo, abençoando e sustentando todos aqueles que verdadeiramente O amam, tendo sido eleitos para tal desde antes da fundação do mundo.