9 de jul. de 2013

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

QUAISQUER OUTRAS OBRAS OU CITAÇÕES SERÃO APENAS CONSIDERADAS COMO "OBJETO A SER ANALISADO".
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donkeyteacher
Olá irmão, a Paz de Cristo para sua vida.
Sou um estudante de João Pessoa, tenho 16 anos e tenho algumas dúvidas a respeito do evangelho. Você poderia me responder?
Faço o 3º ano do ensino médio e uma professora minha, de história, entrou com uns assuntos de Egito, Mesopotâmia, Hebreus e, no que se diz respeito a Bíblia, ela diz que o novo testamento é uma invenção da Igreja Católica, o que coloca a Palavra de Deus em descrédito.
Se possível gostaria de receber alguns conselhos de como lidar com tais ensinamentos da chamada “Ciência”: como sou muito novo, quem sabe imaturo, fico muito confuso com tantas ideias contrárias ao que prego e, já que o considero entendido sobre tais assuntos, peço-te ajuda.
Abraços.
Meu querido e sábio irmãozinho,
Fico contente por haver se comunicado e ainda mais satisfeito por poder colaborar para a edificação de sua vida cristã.
Note que não considero haver entendimento algum que provenha de mim mesmo, porém apenas através da leitura da Palavra que o Espírito Santo vai nos ensinar o que dizer em situações como essa e, por acaso, um parco conhecimento do catolicismo e sua malignamente terrível – em termos cristãos – catequese.
Bom… é meio triste falar dessa forma, mas… essa sua professora de história… é um ESTRUPÍCIO em termos de conhecimento bíblico ou católico, pois uma afirmação como essas prova que está falando do que não sabe: ela revela não conhecer o Novo Testamento nem, ao menos, o catecismo católico!
Qualquer pessoa que se der ao trabalho de comparar um texto ao outro – e tenha certeza absoluta de que pouquíssima gente o faz – poderá constatar que é IMPOSSÍVEL que tenham sido criados ou, imaginando alguma conspiração para “dominar” a sociedade, “manipulados” por um mesmo grupo. Aliás, se a Bíblia tivesse realmente sido manipulada por algum grupo, conforme alardeiam os céticos… todo o material que produzi nestes oito anos nunca poderia ter existido!!
Como posso realizar tal afirmação?
Simples: conflito de interesses!
Uma organização, por mais estúpida que seja, ao registrar suas doutrinas, de forma alguma estabeleceria normas conflitantes: nem mesmo um louco iria promover conceitos diametralmente opostos esperando obter sucesso na expansão de seus seguidores.
A melhor forma de provar isso é confrontar os textos e evidenciar tais conflitos:
O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado unicamente ao Magistério da Igreja, ao Papa e aos bispos em comunhão com ele.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #100)
Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Sagrada Escritura, para que, mercê deste estudo, de algum modo preparatório, amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a Palavra de Deus.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #119)
Se a intenção da igreja católica é restringir a leitura e interpretação da Bíblia apenas a seus “credenciados”, por qual motivo ela registraria as seguintes passagens no Novo Testamento?
“Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” (Atos 17:11)
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:20-21)
Seria muita estupidez promover um livro sagrado que incentiva os indivíduos a lê-lo e conhecê-lo… e depois querer, através de um livreto catequético, estabelecer restrições.
Aliás, diga-se de passagem, qualquer católico que se afirme apologeta, apenas por estar lendo e entendendo a Bíblia por si próprio já estará se desviando da “pureza” exigida através dessa norma e em discordância direta do catolicismo que pretende defender…
Porém minha certeza de que não foi a igreja católica que promoveu o Novo Testamento tem fundamentos bastante mais profundos… na verdade uma lista enorme da qual escolhi citar apenas mais um exemplo: o histórico e sórdido meio utilizado pela igreja católica tanto para obter lucros quanto para manipular seus fiéis… o infame “sacramento da confissão”!
Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e de reencontrarem a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a segunda tábua (de salvação), depois do naufrágio que é a perda da graça”.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #1446)
A confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da Penitência: “Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência, após se terem seriamente examinado, mesmo que tais pecados sejam secretíssimos e tenham sido cometidos apenas contra os dois últimos preceitos do Decálogo; porque, por vezes, estes pecados ferem mais gravemente a alma e são mais perigosos que os cometidos à vista de todos”:
“Quando os fiéis se esforçam por confessar todos os pecados de que se lembram, não se pode duvidar de que os apresentam todos ao perdão da misericórdia divina. Os que procedem de modo diverso, e conscientemente ocultam alguns, esses não apresentam à bondade divina nada que ela possa perdoar por intermédio do sacerdote. Porque, ‘se o doente tem vergonha de descobrir a sua ferida ao médico, a medicina não pode curar o que ignora’”.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #1456)
Aquele que quer obter a reconciliação com Deus e com a Igreja, deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não tiver confessado e de que se lembre depois de ter examinado cuidadosamente a sua consciência. A confissão das faltas veniais, sem ser em si necessária, é todavia vivamente recomendada pela Igreja.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #1493)
Só os sacerdotes que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver; podem perdoar os pecados em nome de Cristo.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #1495)
Por meio das indulgências, os fiéis podem obter para si próprios, e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, consequência do pecado.
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, #1498)
E o que será que a Bíblia tem para dizer acerca desse assunto?
“Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Marcos 2:7)
“E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração.” (Atos 8:18-22)
“Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.” (Efésios 3:11-12)
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1 Timóteo 2:5)
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:9)
Uai… o Novo Testamento CONTRADIZ INTEIRAMENTE o catecismo da igreja católica em relação à confissão e ao perdão dos pecados – e isso que não vou nem mencionar a estupidez das “almas do purgatório”… – e só esses dois confrontos já são suficientes para provar que sua professora está falando do que não conhece e, em sua arrogância, está desnecessariamente revelando sua estupidez… disfarçada de “ciência”, mas que não passa de pura cristianofobia: comportamento que vem sendo estimulado e considerado “de vanguarda” pela sociedade.
Minha palavra final a você é triste: sua professora não passa de uma tola seguindo uma “modinha”. Espero que História, ao menos, ela saiba…
Infelizmente não é apenas a igreja católica que se afasta da Palavra de Deus e nega a verdadeira fé: os protestantes estão se fazendo de arremedos ainda mais vergonhosos em suas práticas e execráveis em sua ganância. Sem dúvida, é por isso que a Palavra registra:
“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8b)
Minha exortação permanece, simples e sem novidades, afastando os revolucionários e escandalizando os que buscam enquadrar-se no “politicamente correto”:
“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17)
“Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.” (1 Pedro 2:6-8)
Essa intensa rejeição ao evangelho se revela não apenas no meio acadêmico, mas por toda a sociedade, através de um escárnio incentivador da violência que, inevitavelmente, dará lugar ao cumprimento profético.
Que a graça e a paz do Senhor Jesus Cristo sejam com todos aqueles que verdadeiramente O buscam e obedecem.

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