13 de dez. de 2011

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

QUAISQUER OUTRAS OBRAS OU CITAÇÕES SERÃO APENAS CONSIDERADAS COMO "OBJETO A SER ANALISADO".
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BATALHA258
   Há alguns anos, vivia-se a era da incredulidade, mas agora o “Movimento de Batalha Espiritual” contra os demônios está em moda!
   O precursor deste “mundo incrédulo” foi o marxismo, que influenciou todas as áreas da sociedade e, por incrível que pareça, também a religião: naquela época, tudo o que concernia ao metafísico, ao transcendente, ao espiritual… era rechaçado — o “bonito” era ser cético quanto ao mundo religioso!
   Aliás, esta era a “religião” da maioria…
   No entanto, em nossos dias, com a virada do milênio, percebe-se uma volta à espiritualização, muito semelhante à era medieval: é tão notória esta mudança de cosmovisão que é possível ver-se cientistas — outrora, a categoria que levava a bandeira do ceticismo — com seus amuletos da sorte, pirâmides na cintura ou em baixo da cama para atrair “bons fluídos”, etc. (Pasmem: lemos no livro de um dos profetas mórmons que a melhor maneira de expulsar demônios é dormir com uma metralhadora debaixo do travesseiro e um grande facão debaixo da cama!)
   Como foi no período do ceticismo, esta nova filosofia de vida, também têm influenciado a muitas áreas da sociedade, inclusive à religião. E nesta categoria, encontram-se os evangélicos.
   No mundo evangélico, nunca se viu tamanha profusão de novas doutrinas como se tem visto em nossos dias: encontra-se, entre as novas doutrinas, o “Movimento de Batalha Espiritual” (doravante apenas MBE), que oferece uma nova cosmovisão sobre a esfera espiritual, especialmente sobre os demônios e como enfrentar este mundo de espíritos.
  Cremos que o MBE é uma antítese da cosmovisão, principalmente norte americana, de que o diabo não existe; porém, como antítese, tem-se exacerbado em várias áreas, em seu afã por demônios, e, por isso, deixado a desejar em muitas doutrinas bíblicas.
   De início, estaremos mostrando, biblicamente, a realidade da guerra espiritual; em seguida, mostraremos as origens do Movimento de Batalha Espiritual e seus ensinos, confrontando-os com as Escrituras.
   Em seguida, veremos a proposta das Escrituras sobre a guerra espiritual, e, por fim, veremos os prós e os contras do Movimento em questão.
   Nossa proposta é analisar doutrinariamente o MBE e não “tacar pedra” em quem está trabalhando (como muitos possam vir a querer acusar): nosso propósito é agir como legítimos “bereanos”, ou seja, analisar até que ponto o que está sendo pregado nos púlpitos do MBE está de acordo com a sã doutrina.
1 — DEFININDO “BATALHA ESPIRITUAL”
   1.1 — A BATALHA ESPIRITUAL NAS ESCRITURAS
   A Bíblia está repleta de relatos de batalhas, guerras, confrontos e todo tipo de coisas que denotam conflitos.
   Só para termos uma ideia de como este assunto é tratado em grande escala nas Escrituras, a palavra “batalha” — assim como foi traduzida — encontra-se em cinquenta trechos das Escrituras, enquanto a palavra sinônima, “guerra”, encontra-se em duzentos e oito versículos.
   São referências que descrevem a luta entre nações, pessoas individuais, Deus e o homem, o homem cristão e a sua velha natureza, a Igreja e o mundo, a Igreja e o diabo…
   Esta última — a ser referida — nos revela uma espécie de guerra que é bastante diferente da que estamos acostumados a ver nos noticiários de TV, mas não menos horrenda e, até, mais terrível: a Batalha Espiritual!
   Na passagem a seguir encontramos a referência à primeira batalha espiritual que foi travada:
   “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.” (Apocalipse 12:4)
   Esta é uma referência de João a Satanás, que se rebelou contra Deus, arrastou consigo a terça parte dos anjos e, desde então (podemos ver através da Bíblia), vem fazendo guerra contra Deus e o Seu povo:
   “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.” (Zacarias 3:1)
   Encontramos, também, citações da batalha que o crente deve fazer contra Satanás:
   “Não deis lugar ao diabo.” (Efésios 4:27)
   “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Efésios 6:11)
   “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7)
   Esta palavra “resisti”, a qual Tiago se refere, no grego é αντισταθειτε, derivada de αντιστέκομαι que, traduzido, significa “colocar-se contra, opor-se, permanecer firme”.
   Esta palavra é aplicada da mesma forma — o combate que o crente deve fazer ao diabo — em, pelo menos, mais duas formas no Novo Testamento: Efésios 6:13 e 1 Pedro 5:8-9. Isso denota, de forma direta, uma luta espiritual que está sendo travada.
   Sobre isso, Paulo Romeiro comenta de forma plausível:
   “A Bíblia fala muitas vezes sobre tal conflito. Sim, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno.”
(Paulo Romeiro — EVANGÉLICOS EM CRISE, pág. 114)
   Para entendermos melhor esta batalha, precisamos tomar conhecimento de como ela começou.
   1.2 — A ORIGEM DA BATALHA ESPIRITUAL
   Procurar saber a origem desta guerra cósmica leva-nos a indagar sobre a origem do mal, no entanto, não iremos nos deter neste assunto.
   Aqui é necessário apenas que saibamos que existe uma origem para o mal e que esta é identificada com o diabo.
   De acordo com as Escrituras, o Diabo é o chefe da apostasia.
   Em Isaías 14:12, Satanás é identificado como sendo a Estrela da Manhã e Filho da Alva — isso quer dizer que houve um tempo em que este ser angelical criado por Deus, rebelou-se contra o seu Criador (Ezequiel 28:12-19), querendo ser igual a Ele e, consequentemente, foi expulso do céu juntamente com os seus seguidores (Mateus 25:41, 12:24; Efésios 2:2; Apocalipse 12:7).
   É aí que começa toda a guerra, com o propósito de Satanás de ser igual a Deus e, por isso, opor-se a tudo o que Deus faz ou o que se chama pelo Seu nome (Mateus 13:24-30; Lucas 22:3).
2 — O MBE
   “Precisamos nos guardar contra dois perigos extremos. Não podemos tratá-lo com muita leviandade, para não subestimar seus perigos. Por outro lado, também não podemos nos interessar demais por ele.”
(Millard J. Erickson — INTRODUÇÃO A TEOLOGIA SISTEMÁTICA, pág. 200)
   2.1 — SUA ORIGEM
   Na religião, existem várias posições a respeito do assunto de demônios.
   Existem aqueles que se mantêm céticos a respeito da crença em demônios e, categoricamente, afirmam que isto é coisa da idade média ou superstição.
   O teólogo católico, especialista em demonologia e parapsicologia, Oscar Quevedo, disse o seguinte sobre o diabo:
   “Tudo o que foi dito sobre ele está no paganismo… Falar em línguas, ter uma força descomunal e outras atitudes que indicam que alguém está possuído pelo demônio, tudo isso pode ser explicado pela psicologia ou pela parapsicologia.”
(Revista Época, 29 de março de 1999)
   Existem outros que creem na existência dos demônios, mas mantêm indiferença a respeito do assunto: aqui no Brasil, principalmente, está havendo uma supervalorização deste tema.
   Na novela global “suave veneno” apareceu uma curiosidade: o diabo, personagem vivido pelo autor Aguinaldo Silva. Para vencê-lo, foi necessário o paranormal “Uálber”, personagem vivido pelo ator Diogo Vilela.
   Os autores do trama, apostaram no “carisma” do diabo entre os brasileiros. Aguinaldo Silva, chegou a dizer o seguinte:
   “No Brasil, as pessoas acreditam que o diabo realmente interfere em nossa vida, mais até do que os santos.”
(Revista Veja, 11 de agosto de 1999, pág. 142)
   Sim, esta é uma realidade brasileira, o espiritualismo!
   No entanto, também nos círculos evangélicos, atravessa-se uma onda de supervalorização de anjos e demônios: estão sendo promovidas “reuniões de guerra”, libertação, “poder”… seminários sobre batalha espiritual são comuns.
   As livrarias foram invadidas por uma série de livros que tratam deste tema: livros que têm exercido grande influência no meio evangélico como, por exemplo, o de Frank Peretti — Este Mundo Tenebroso (Editora Vida).
   A esta ênfase dada aos demônios, pelo menos aqui no Brasil, atribuímos a responsabilidade a um pastor norte americano chamado C. Peter Wagner, autor de trinta livros e atual autoridade no campo de guerra espiritual.
   Em seu livro intitulado “Oração de Guerra” (Editora Bompastor), ele nos conta como foi originado este movimento de guerra espiritual.
   Peter Wagner é representante do Movimento de Crescimento da Igreja — fundado por Donald MacGavran em 1955 — e desde 1980 começou a se interessar pelas “dimensões espirituais” do crescimento eclesiástico.
   Em 1989, percebeu que o evangelismo funciona melhor quando é realizado através de oração e que Deus tem dotado certos indivíduos, que se mostram incomumente poderosos, no ministério da intercessão.
   Pensando sobre a ideia de como conciliar evangelismo e intercessão, Peter Wagner reuniu um grupo de cinquenta intercessores para orarem em um hotel, localizado em frente do local onde seria o segundo congresso de Lausanne.
   Durante esta intercessão, Peter Wagner diz que recebeu de Deus o que denominou de “parábola viva” (ele deu esse nome a um acontecimento durante a intercessão): uma das intercessoras — Juana Francisco — foi acometida de uma crise asmática e rapidamente a levaram para o hospital.
   Esperando a recuperação da amiga no hospital, outras duas intercessoras — Mary Lance e Cindy Jacobs — tiveram uma mensagem que logo identificaram como sendo de Deus: Juana Francisco havia sido atacada por um espírito da macumba…
   Recebendo a revelação, as duas intercessoras fizeram uma oração quebrando o poder do demônio enquanto, no mesmo momento, Bill Bright, estava com a enferma orando em prol da cura.
   O que aconteceu foi que no mesmo momento a mulher ficou boa.
   Peter Wagner interpretou este episódio como sendo uma lição de Deus ao Seu povo e, a partir daí, ele tomou para si os seguintes princípios:
  1. A evangelização do mundo é uma questão de vida ou morte;
  2. A chave para a evangelização do mundo consiste em ouvirmos a Deus e obedecermos àquilo que tivermos ouvido:
    “Elas sabiam que Deus queria que a maldição fosse anulada, pelo que entraram em ação”;
    (C. Peter Wagner — ORAÇÀO DE GUERRA, pág. 44)
  3. Deus usará a totalidade do corpo de Cristo para completar a tarefa da evangelização do mundo.
   Naquela mesma conferência de Lausanne, em Manila, foram abordados os temas de espíritos territoriais e da intercessão espiritual em nível estratégico.
   O interesse sobre o assunto cresceu e foi organizado um grupo de pessoas que se interessavam por guerra espiritual: Peter Wagner tornou-se o líder deste grupo que, posteriormente, foi denominado de “Rede de Guerra Espiritual” e, entre os membros deste grupo, podemos mencionar Larry Lea, John Dawson, Cindy Jacobs e Edgardo Silvoso.
   2.2 SEUS ENSINOS
   2.2.1 — Duas forças contrárias: Deus x Diabo
   O termo “dualismo” é uma transliteração da palavra latina “dualis”, que quer dizer “aquilo que contém dois”.
   Esta expressão foi cunhada para transmitir a ideia do Zoroastrismo, que é a crença em um poder bom — chamado Ormazd — e um poder mal — chamado Ahriman — que, neste sistema, são duas forças opostas existentes.
   Estes poderes estão sempre em conflito entre si, podendo resultar em vitórias temporárias, de um lado ou de outro.
   Apesar destas vitórias, nunca nenhum dos dois deixará de existir.
   Agora que sabemos o que é dualismo, vejamos algumas declarações:
   “Estamos em guerra! É a guerra de todas as guerras… a grande batalha espiritual entre Deus e o diabo no campo de batalha de nossas almas, com a eternidade toda pendendo na balança.”
(Larry Lea — AS ARMAS DA SUA GUERRA, pág. 12)
   E também:
   “Pai celestial, eu me ajoelho em adoração e louvor diante de ti. Eu me cubro com sangue do Senhor Jesus Cristo para me proteger durante este período de oração.
   Eu me submeto a ti completamente e sem reservas em todos os setores de minha vida.
   Eu tomo posição contra toda operação de Satanás que possa me impedir neste período de oração e me dirijo exclusivamente ao Deus vivo e verdadeiro, recusando-me a qualquer envolvimento com Satanás em minha oração.”
(Missão Evangélica Shekinah — PREPARAÇÃO DE MINISTRADORES NA ÁREA DE LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR, pág. 04)
   Ainda podemos citar esta:
   “Quando Satanás e suas tropas interferem com a obra de Deus na terra, então você sabe que é hora de entrar em ação. A guerra espiritual está rugindo em um nível cósmico. E talvez você seja convocado para participar da mesma.”
(C. Peter Wagner — Oração de Guerra)
   Diante de tais citações podemos pensar que elas vem da boca de adeptos do Zoroastrismo ou de alguém que prega as ideias do Yin e Yang, do Neoconfucionismo ou do Taoísmo.
   No entanto, quem pensa isso está redondamente enganado, estas declarações vêm da boca de pregadores cristãos propagadores do MBE.
   Quando começamos a estudar sobre “batalha espiritual”, o ensino com que logo nos deparamos é o de que existem duas forças — ainda que não iguais em poder — lutando entre si para ganhar a posse das almas dos mortais.
   Embora entre os pregadores do MBE se negue o dualismo em seus ensinos, podemos ver a realidade da doutrina dualista de Deus x diabo entre declarações como as que vimos acima.
   No cristianismo não existe lugar para o dualismo: ou o cristão crê que Deus é soberano sobre todas as coisas — e isso inclui a natureza, o coração humano, os governos e o diabo — ou vive em angústia temendo o demônio.
   2.2.2 — Espíritos Territoriais
   De acordo com o ensino do MBE, o Diabo designou um demônio (ou vários deles) para controlar cidades, regiões e países.
   O objetivo destes “governantes espirituais” seria impedir a glorificação de Deus em seus respectivos territórios.
   C. Peter Wagner diz em seu livro Oração de guerra:
   “As estruturas sociais não são, por si mesmas, demoníacas, embora possam ser e com frequência sejam endemoninhadas por alguma personalidade demoníaca extremamente perniciosa e dominante, às quais tenho chamado de espíritos territoriais", e "Grande parte do antigo Testamento alicerça-se sobre a suposição que os seres espirituais sobrenaturais exercem domínio sobre esferas geopolíticas.”
(C. Peter Wagner — Oração de Guerra, págs. 92 e 98)
Neuza Idiota
   A Dra. Neuza Itioka, em seu livro “A Igreja e a Batalha Espiritual”, diz:
   “Estes poderes (principados e potestades) exercem controle não apenas sobre vidas, mas também estruturas sociais, eclesiásticas e políticas de comarcas, cidades e regiões geográficas.
   (…)
   Quando analisamos determinadas estruturas sociais ou econômicas o que podemos concluir? O sistema social e econômico injusto que o Brasil vive, não estaria ligado com o principado e a potestade do escravagismo que ainda se perpetua, estendendo os seus tentáculos para aprisionar a nossa sociedade?
   (…)
   Atrás da incapacidade dos governantes arrumarem a casa, contornarem a economia e estabelecerem justiça o que podemos discernir? Apenas o espírito corrupto dos governantes? Apenas o espírito sem escrúpulo dos que estão sem poder? Não estariam eles ligados a algo mais?”
(Neuza Itioka — A Igreja e a Batalha Espiritual, pág. 37)
   Neuza Itioka também disse o seguinte em um curso sobre Batalha Espiritual:
   “A nossa luta deve se dirigir mais e mais contra os grandes príncipes demoníacos das regiões, nações e cidades.
   São eles que presidem a corrupção e fraude, por exemplo, perpetuam um estilo de vida e comportamento por trás da repartição pública, do marajá que preside a corrupção da orfandade; do aborto; perpetua a violência; a miséria; a pobreza; a sensualidade e a perversidade, que originam a morte e o suicídio.”
(Neuza Itioka — Curso sobre Batalha Espiritual)
   Ainda argumentando sobre os Espíritos Territoriais, o MBE cita alguns textos bíblicos para fundamentar sua ideia.
   Os mais comuns são: Daniel 10:13,20; 12:1; Mateus 4:8-9; Marcos 5:10; Efésios 6:12.
   “Espíritos Territoriais” à luz das Escrituras
   Nossa preocupação é analisar o que nos tem sido pregado: já que tomamos as Escrituras como única autoridade de fé e prática, queremos invocar o seu testemunho à respeito de tal ensino.
   Por isso queremos analisar os textos bíblicos que, supostamente, falam do assunto, intencionando chegar a uma conclusão bíblica.
   Os textos mais usados para defender a ideia de territorialidade de espíritos são:
   “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Daniel 10:13)
   “E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Agora, pois, tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.” (Daniel 10:20)
   O que estes textos querem dizer ao referir-se aos príncipe da Pérsia e da Grécia?
   Não seria possível chegarmos a outra conclusão além da que estes eram espíritos angelicais que atuavam nos reinos da Pérsia e Grécia?
   Halley diz em seu livro “Manual Bíblico”:
   “Deus levantou o véu e mostrou a Daniel algumas realidades do mundo invisível — a prossecução de conflitos entre inteligências super-humanas, boas e más, num esforço por controlar os movimentos das nações, algumas das quais procurando proteger o povo de Deus.
   Miguel era o anjo guardião de Israel (vv. 13,21).
   Outro anjo, anônimo, falou com Daniel.
   A Grécia tinha seu anjo (v. 20);
   E, igualmente, a Pérsia (vv. 13, 20).
   Parece que Deus mostrava a Daniel alguns de Seus agentes secretos em operação para levar a efeito a volta de Israel.”
(H. H. Halley — MANUAL BÍBLICO, pág. 311)
   Baldwin em seu livro “Daniel: Introdução e Comentário”, diz o seguinte:
   “Pensa-se aqui num representante da Pérsia nas regiões celestiais; a Grécia igualmente tem um correlativo angélico (v.20), e Miguel, um dos primeiros príncipes, pertence a Israel.”
(Joyce G. Baldwin — INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO, pág. 192)
   Caio Fábio em seu livro “Batalha Espiritual”, também faz um comentário sobre este texto:
   “…as manifestações espirituais se relacionavam com o mundo visível e suas expressões políticas
   (…)
   O princípio que fica é este. Por mais estranho que isso possa parecer a algumas mentes teológicas sofisticadas, a Bíblia é clara quanto à atuação dos principados e potestades no seio da história, agindo sobre nações, de maneira tão íntima, tão intrínseca que a Bíblia os especifica, referindo-se à área de atuação deles, como o príncipe da Nações.”
(Caio Fábio D’Araújo Filho — BATALHA ESPIRITUAL- págs. 139, 140 e 141)
   Dr. Russell Shedd também tem algo a nos falar sobre isso em seu comentário na Bíblia Shedd:
   “O príncipe do reino da Pérsia. O poder espiritual satânico manifesto através do culto pagão dos persas.”
(Russell Shedd — BÍBLIA SHEDD, pág. 1243)
   Portanto, creio que este texto, realmente, fala de espíritos malignos que influenciam um sistema social.
   Um outro texto que se usa para apoiar a ideia de territorialidade espiritual é:
   “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” (Mateus 4:8-9)
   Parece, aqui, que Satanás estava reclamando um domínio sobre o mundo, o qual Jesus não questionou: neste texto podemos ver que Satanás exerce influência sobre os reinos do mundo (planeta Terra), através da ordem má das coisas.
   No entanto, não encontramos explícita no texto a ideia de que cada nação tem o seu espírito maligno…
   Outro texto que, casualmente, podemos enxergar o pensamento de Espíritos Territoriais é:
   “E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.” (Marcos 5:10)
   Observando este texto, a pergunta que nos salta à mente é: o que eles quiseram dizer com “fora da província”?
   A palavra no original grego é περιοχή, que significa “região” e este problema pode ser selecionado com o texto correspondente:
   “E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo.” (Lucas 8:31)
   Não se trata, aqui, de territorialismo de demônios, mas, sim, do fato que os demônios não queriam ir para o abismo, porém ficar nesta região, ou seja, nesta esfera espiritual.
   Um outro texto bem conhecido:
   “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:12)
   O apóstolo Paulo fala de quatro expressões que podemos estar destacando:
  1. Principados e potestades (gr.: αρχας e εξουσιας)— aqui inferindo a uma hierarquia espiritual ;
  2. Príncipes do mundo (gr.:κοσμοκρατορας) — Esta expressão significa “governante mundial”; foi usada por Paulo para descrever a ação dos demônios sobre a esfera da existência humana;
  3. Forças espirituais do mal (προς τα πνευματικα της πονηριας)— Esta expressão indica uma força opositora ao bem: uma espécie de “exército do mal”;
  4. Regiões celestiais (gr. επουρανιοις) — Esse termo é usado por Paulo cinco vezes na carta aos Efésios e denota a esfera espiritual em que os espíritos, maus ou bons, operam.
   Analisando estes termos, podemos ver que o diabo é ordenado, possuindo hierarquia entre os seus subordinados, e atua, nas regiões espirituais, influenciando as nações.
   Porém, a partir deste texto, não podemos ter a crença na territorialidade dos demônios. O próprio Peter Wagner comenta sobre este texto em seu livro “Oração de Guerra”:
   “Coisa alguma, neste versículo, indica que uma ou mais dessas categorias ajustam-se à descrição de espíritos territoriais.”
(C. Peter Wagner — ORAÇÃO DE GUERRA, pág. 18)
   Analisando, sinceramente, estes textos e observando a crítica que fazem alguns autores sobre o assunto, podemos concluir que apenas o texto de Daniel 10:13,20 expressa o pensamento na existência de um espírito maligno influenciando cada nação; portanto, torna-se perigoso basearmos toda uma doutrina em apenas um texto.
   No entanto, tal passagem não pode ter sua existência ignorada, por isso, não rejeitamos a ideia do MBE — de que cada nação é influenciada por um espírito maligno.
   Nossa opinião pessoal é que realmente os demônios são ordenados (e todos os textos acima estudados expressão isso) ao ponto de organizarem-se em distritos, influenciando a cada nação.
   Todavia, o nosso conhecimento sobre a organização distrital dos demônios para por aqui, pois a Bíblia não nos fala mais sobre o assunto e, por isso, qualquer informação a mais sobre isso seria mera especulação.
   2.2.3 — A Terra é de Satanás
   De acordo com os ensinos do movimento de Batalha Espiritual, a administração e governo terrenos pertencem a Satanás.
   Isso deveu-se ao pecado de Adão: ao primeiro homem foi dada administração e governo sobre a criação, no entanto, ele, quando pecou, entregou a autoridade ao diabo e, em decorrência disto, o diabo tem controle sobre os governos.
   Deus não interfere nisso, por questões éticas e legais: Satanás tem todo o direito legal de administrar o sistema terreno… e Deus romperia com a ética se interferisse nesse direito.
   Foi por isso que Jesus veio, para devolver o direito ao homem de governar: a partir de Jesus, portanto, temos a autoridade de governar sobre a criação.
   Para apoiar essa ideia, citam-se textos como Mateus 4:8-9 e 2 Coríntios 4:4.
   O que a Bíblia diz sobre a terra ser de Satanás?
   Quando nos voltamos para a Bíblia, nos deparamos com Deus julgando a humanidade através do dilúvio (vide Gênesis 6:11-26) e com textos como:
   “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” (Salmos 24:1)
   Como abraçar a ideia de que Satanás é governante da terra e concorrente de Deus diante disso?
   Quando nos deparamos com:
   “Da tua casa não tirarei bezerro, nem bodes dos teus currais. Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude.” (Salmos 50:9-12)
   e
   “E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” (Daniel 2:21)
   Que fazemos com eles?
   No Livro do profeta Isaías ficamos vislumbrados em saber que Deus usou o rei da Assíria para julgar a Israel e depois também julga à Assíria (conforme Isaías 10:5-12).
   Encontramos Ana orando da seguinte forma:
   “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.” (1 Samuel 2:6-7)
   O salmista inspirado, declara:
   “O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.” (Salmos 103:19)
   Deus é soberano e governa sobre todas as coisas, inclusive sobre o diabo.
   Porventura diante destes textos encontramos alguma coisa que sobrou para Satanás governar?
   Tenho certeza que não.
   No entanto o que fazer com textos bíblicos que dizem que satanás é o deus deste mundo?
   A fim de responder esta pergunta, precisamos nos perguntar que “mundo” seria este.
   Russell Shedd nos da um esclarecimento sobre isto:
   “… trata do sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele. Assim, o kosmos jaz no maligno, que é o diabo (conforme 1 João 5:19; João 12:31; 14:30). As trevas dominam este mundo (João 1:5; 12:46) e o pecado macula sua existência como um todo.”
(Russell Shedd — O MUNDO, A CARNE E O DIABO, pág. 12)
   Por isso não nos estranha Jesus e Paulo atribuírem este título a Satanás: ele é o deus de um mundo pecaminoso e que se nega a submeter ao único Deus — e é exatamente a isso que se referem os textos de Mateus 4:8, 2 Coríntios 4:4 e outros.
   No entanto, é necessário notarmos que, inclusive sobre o mundo pecaminoso, Deus é soberano… até mesmo no sentido de delimitar a ação maligna!
   Vemos isso na crucificação, que foi um ato soberano de Deus para cumprir seus propósitos, mas também um ato pecaminoso do homem incitado pelo diabo:
   “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos." (Atos 2:23)
   Erickson comenta sobre o assunto da seguinte forma:
   “Há várias maneiras pelas quais Deus pode relacionar-se e de fato se relaciona com o pecado: ele pode
  1. preveni-lo;
  2. permiti-lo;
  3. dirigi-lo; ou
  4. limitá-lo.
   Note que em cada caso, Deus não é a causa do pecado humano, mas age em relação a ele.”
(Millard J. Erickson — INTRODUÇÃO A TEOLOGIA SISTEMÁTICA, pág. 175)
   2.2.4 — Retaliação
   Segundo o ensino do MBE, quando o crente ataca estes espíritos territoriais — invadindo sua jurisdição e tentando implantar o Reino de Deus — ele terá problemas: estes demônios poderão infernizar a sua vida com doenças, problemas conjugais e toda sorte de males.
   C. Peter Wagner diz em seu livro “Oração de guerra”:
   “Dóris e eu começamos a ir para as linhas de frente na Argentina, em 1990. Dentro de alguns meses, tivemos a pior desavença em família em quarenta anos de casados, tivemos um problema sério com um de nossos mais chegados intercessores, e Dóris ficou incapacitada por quase cinco meses por motivos de discos vertebrais deslocados, e cirurgia nas costas e em um joelho.
   Em nossas mentes, ou nas mentes de outras pessoas envolvidas, que oram por nós, não há o menor sinal de dúvida que essas coisas foram revides diretos da parte dos espíritos que ficaram irritados por termos invadido o seu território.”
(C. Peter Wagner — ORAÇÃO DE GUERRA, pág. 176)
   Robson Rodovalho concorda com a ideia de Peter Wagner comentando da seguinte forma:
   “Como então, o apóstolo Paulo nos fala da possibilidade de Satanás levar vantagem sobre nós na guerra espiritual? Isto se chama retaliação. Retaliação é quando Satanás tem oportunidade de nos retaliar, de nos contra-atacar. E ele faz isto. Ele usa as oportunidades que encontra para retaliar os filhos de Deus, trazendo, assim, aparente derrota, desânimo, e situações semelhantes.”
(Robson Rodovalho — POR TRÁS DAS BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES, pág. 67)
   Este pensamento é uma constante na vida dos participantes do MBE. Por isso, explicasse a constante oração por proteção e o ato “místico” de vestir a armadura espiritual.
   Esta preocupação mostra-se evidente até nas orações — em uma apostila sobre Batalha espiritual, a Missão Evangélica Shekinah ensina seus alunos a orar da seguinte forma:
   “Eu me cubro com o sangue do Senhor Jesus Cristo para me proteger durante este período de oração...eu me cinjo com a verdade, revisto-me da couraça da justiça, calço as sandálias da paz e coloco o capacete da salvação. Levanto o escudo da fé contra todos os ardentes dardos do inimigo e tomo em minha mão a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e uso a Tua Palavra contra todas as forças do mal em minha vida”
(Missão Evangélica Shekinah — PREPARAÇÃO DE MINISTRADORES NA ÁREA DE LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR, pág. 04)
   “Retaliação” à luz das Escrituras
   Vejamos o que a Bíblia pode nos dizer sobre este assunto — na obra missionária de Cristo, o diabo estava presente em alguns momentos da sua vida para fazer com que a sua obra fosse frustrada.
   Na tentação do deserto, no início do ministério de Jesus, Satanás esforçou-se para impedir à Cristo (Mateus 4).
   Quando Pedro foi usado pelo diabo, vemos Satanás tentando induzir Jesus a se acomodar (Mateus 16:23).
   Na cruz, quando Jesus está sendo crucificado, vemos o diabo usando as pessoas que passavam para fazer com que Jesus desistisse do que estava fazendo (Mateus 27:33-44).
   Durante todo o ministério de Cristo aqui na terra, vemos o diabo contra-atacando-o.
   Notamos isso ocorrer, também, na vida de Paulo: em Tessalônica, observa-se a resistência de Satanás à obra que estava sendo feita.
   As pessoas estavam sendo libertas e salvas e muitos judeus creram na Palavra, assim como numerosos gentios deixaram a adoração à ídolos e renderam-se ao Senhor.
   No entanto… qual foi o resultado disso?
   Uma perseguição levantou-se contra Paulo e os seus companheiros, instigada pelo ódio, inveja e incredulidade dos judeus!
   Parece, aqui, que Satanás estava usando estes sentimentos da parte dos judeus para retalhar a obra de Deus em Tessalônica. Foi tão séria a resistência de Satanás contra a obra de Paulo que , este, disse o seguinte:
   “Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu.” (1 Tessalonicenses 2:18)
   Ainda a respeito disso, Ladd comenta:
   “Ele é o tentador, que procura, através da aflição, desviar os crentes do Evangelho (1 Tessalonicenses 3:5), obstruir os servos de Deus em seus ministérios (1 Tessalonicenses 2:18), e que cria falsos apóstolos, para perverterem a verdade do Evangelho (2 Coríntios 11:14), que está sempre tentando derrotar o povo de Deus (Efésios 6:11-12,16), e que é até mesmo capaz de praticar seus ataques sob a forma de sofrimentos corporais, aos servos escolhidos de Deus (2 Coríntios 12:7).”
(Georg Eldon Ladd — NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO, pág. 192)
   MacArthur também nos dá a sua contribuição sobre o assunto:
   “É evidente, pois, que os crentes não estão imunes à oposição de Satanás; nem é o plano de Deus que estejamos sempre livres de toda a situação má."
(John F. MacArthur Jr. — TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO, pág. 395)
   De acordo com os textos mencionados acima, cremos que o diabo, realmente, pode reagir (“retaliar”, ou seja lá como quiserem denominar essa ação satânica) contra a obra missionária do povo de Deus.
   Cremos que é evidente que o diabo — tentando se opor à obra de Deus — faça de tudo para que o crente não obtenha sucesso em seu trabalho missionário: esse “fazer de tudo” implica em semear discórdias, desavenças, contendas, enfermidades e tudo o que o diabo costuma fazer.
   No entanto, esta resistência é limitada pelo próprio Deus: Satanás não é um ser autônomo que vive independentemente.
   Muito pelo contrário, ele é um ser limitado que age com limitações impostas pelo próprio Deus, conforme pode ser visto na seguinte passagem:
   “E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.” (Jó 1:12)
   Também vemos que Satanás precisou pedir permissão para atacar a Pedro:
   “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo.” (Lucas 22:31)
   Em 2 Coríntios 12:7 vemos que o apóstolo Paulo estava acometido de um ataque satânico — o espinho na carne — porém, segundo ele próprio, este ataque servia aos propósitos soberanos de Deus: “… para que não me ensoberbecesse”.
   Sobre isso Michael S. Horton comenta em seu livro “O cristão e a cultura”:
   “Conforme Lutero disse, ‘o diabo é o diabo de Deus’, Calvino também argumentava que todas as influências demoníacas e satânicas do mal estavam sob o comando soberano de Deus e estão sob o controle do verdadeiro Soberano do Universo.”
(Michael S. Horton — O CRISTÃO E A CULTURA, pág. 17)
   Penso que Frank Peretti, o Escritor do livro “Este Mundo Tenebroso”, de acordo com a visão de muitos crentes, deveria passar por muitos problemas, sendo “retaliado” pelo diabo, ao escrever o seu livro, que foi um “despertar” para o mundo espiritual.
   No entanto, em uma entrevista dada à revista “Vida Mix”, ele responde à pergunta: “Você enfrentou lutas espirituais ou problemas, enquanto escrevia algum livro?”, da seguinte forma:
   “Não que eu saiba. Nunca tive uma experiência sobrenatural. Coisas como desânimo, depressão e dúvidas já experimentei; mas não coloco a culpa no diabo. Podem ser problemas hormonais ou coisa parecida. Todo aquele que serve ao Senhor passa por algum tipo de tribulação e os meus problemas são típicos de alguém que se dedica a Deus. Muita gente perguntou se eu fui atacado pelo diabo, enquanto escrevia os livros. Acho que não. Imagino que a maior luta foi quando fiquei saturado com o tema. Era um peso que me deixou desanimado, porque eu não sabia o que iria acontecer. Afinal, o corpo de Cristo vencerá ou não? Veja bem, acabei de assistir o programa do clube 700 na televisão e eles mencionaram o que está acontecendo em uma igreja que, no momento, experimenta um grande avivamento em Pensacola, na Flórida. Eu disse: ‘Glória a Deus! Até que enfim uma boa notícia’.”
(Vida Mix, nº 1, ano 1, pág. 8)
   Podemos concluir dizendo que Satanás se opõe a obra da igreja e anela em destruí-la; no entanto, jamais o faz sem a permissão, limitação e supervisão divina: o problema é quando nos preocupamos demais no que Satanás nos “aprontará” se fizermos isso ou aquilo para o Reino de Deus.
Fontes: Ministério CACP
Adaptação e Atualização: Teóphilo Noturno

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