10 de set. de 2010

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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ratoqualificado   Está ocorrendo um surto de falsos médicos no Rio de Janeiro e isto tem sido amplamente divulgado pela imprensa.
   Primeiro tivemos o caso de uma criança que pode ter morrido por ter sido atendida por um universitário que ainda não havia concluído o curso. Não quero considerar a possibilidade do óbito ter ocorrido por conta da provável tortura que havia sofrido… infligida pelo próprio pai da criança.
   Hoje foi alardeado que um falso obstetra atuou na baixada fluminense e, segundo a imprensa, já vitimou pelo menos umas cinco pessoas. Me questiono quantas possam ter passado por suas mãos e sobrevivido, mas não advogo que isso possa justifica-lo.
   Afinal… quais os percentuais de óbitos decorrentes de erros cometidos por médicos diplomados?
   O que tem sido mais eficaz na preservação da vida: os médicos, os medicamentos, os equipamentos… ou é tudo uma questão de “sorte”?
   Um bom médico em um hospital público (ou seja, sem equipamento) vale menos que um médico ordinário em um hospital particular onde os mais modernos recursos tecnológicos estão disponíveis?
   São questões como essas que ficam me incomodando quando penso na importância da qualificação em um nível pessoal, ou seja, como o próprio indivíduo poderia avaliar sua competência não apenas em relação à sua profissão, mas em diversos outros âmbitos.
   Seria função da sociedade, através do governo, atestar e certificar tais qualidades?
   Pensando no Brasil, até que nível tais certificações seriam úteis e a partir de onde passariam a ser meras ferramentas de uma estatização desnecessária? Havemos de lembrar que há tributos sobre qualquer coisa onde a mão do governo possa tocar…
   Uma goiaba plantada em um quintal e vendida na beira da estrada pode ser considerada “pirata” por não pagar impostos?
   Parece uma premissa absurda, mas é assim que os mais diversos órgãos governamentais têm agido em relação àqueles que atuam comercialmente, porém fora do sistema oficial: qual carioca já não viu a truculência com que os agentes do município destroem as barracas dos ambulantes durante as operações de “choque de ordem”?
   Uma lata de refrigerante, comprada em algum mercado (e, sem dúvida, pagando-se os impostos!), se torna “pirata” porque aquele que a está revendendo não é cadastrado no sistema governamental? Não pagar INSS como autônomo vai fazer com que seu conteúdo imediatamente se torne impróprio para consumo?
   Vejam que não sou favorável à desordem, mas afirmar que basta se cadastrar junto ao governo para que as coisas se tornem “qualificadas” é uma utopia muito distante: só tem ordem quem se dispõe a pagar imposto? Esse pagamento acaba parecendo exatamente como a coerção praticada pelas milícias e pelos traficantes…
   Toda essa pressão para atingir uma suposta “ordem” e em nome de uma questionável “segurança” tem seu motivo de ser, pois é necessário, profeticamente falando, que todos os seres humanos que existem no mundo estejam cadastrados no sistema único que vem por aí… está escrito:
   "E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." (Apocalipse 13:15-17)
   “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1 Tessalonicenses 5:2-3)
   Mas, retornando ao tema principal, podemos afirmar que a maioria quase absoluta das atividades exercidas pelos seres humanos apresentam pontos onde se torna possível qualificar aqueles que as estão praticando. Sempre há uma norma técnica ou um código de conduta que permita realizar uma aferição de como estão funcionando advogados, médicos, motoristas, agricultores, veterinários…
   Obviamente há casos menos nobres como as prostitutas, os ladrões (que se confundem com), os políticos… mas, dentre todas estas “atividades”, há uma que pode ser considerada a de mais difícil qualificação: ser cristão!
   Para começo de conversa, o parâmetro de avaliação é único e não sofre atualizações há quase dois mil anos:
   “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17)
   “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hebreus 4:12)
   Qualquer um que negar tais premissas já se torna imediata e automaticamente desqualificado. E não pensem que isso é novidade, pois desde o século II existem alguns querendo se afirmar como cristãos, mas necessitando acrescentar, distorcer, forçar a interpretação, tirar a Palavra de seu contexto…
   Não importa a quantidade de conhecimento secular que alguém consiga acumular e muito menos as absurdas interpretações que brotam como pestes em todos os lugares:
   “Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.” (1 Coríntios 3:18-20)
   “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:20-21)
   Logo, podemos descartar esses “grandes pensadores” que vêm, através dos tempos, querendo “inovar” aquilo que deve ser o puro e simples cristianismo: alguns querendo usar de verdadeiras “fórmulas mágicas” para “obrigar” Deus a realizar milagres, outros querendo transformar o cristianismo em qualquer coisa entre o ativismo político ecológico ou a militância socialista homossexual… todos esquecendo que o destaque de ser cristão é a simplicidade da fé:
   “Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:16-17)
   Então, como cristãos genuínos, devemos estar atentos que os títulos conquistados através das instituições acadêmicas podem não indicar se alguém é verdadeiramente um servo de Deus e muito menos qualificado para assumir a posição de líder! Vejam:
   “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:15-23)
   “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:16-23)
   “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (1 Coríntios 9:27)
   Vejamos o exemplo atual e gritante de um pastor americano que havia cismado de queimar o Corão e, através disso, criado um grande mal estar por todo o mundo. Ele desistiu de iniciar sua “guerra religiosa”, mas sua atitude está perfeitamente enquadrada no P6E e mesmo o fogo não tendo sido ateado, todo esse movimento cumpriu o propósito ao qual se destinava e criou grande antipatia pelos cristãos genuínos… principalmente os fundamentalistas!
   Seria a atitude desse pastor correta? Poderíamos julgar seu comportamento como cristão? Foi ele manipulado a praticar tal ato comparável a uma declaração de guerra ou age de forma estupidamente espontânea? Por seus antecedentes podemos observar seus frutos espirituais… e fica a questão: quem o qualificou?
   Tenho certeza que se o tempo que o Senhor Jesus Cristo esteve na terra fosse agora, Ele próprio não estaria “qualificado oficialmente” para pregar o evangelho e seria condenado de forma unânime pela maioria dos atuais “líderes cristãos”, pois seria alguém politicamente incorreto, fora da “visão”, sem perspectivas administrativas e nem métodos financeiros que gerassem lucros…
   Quem qualifica o cristão não é o mundo, não é um órgão governamental, não é um grupo de pessoas que teima em se chamar de igreja mesmo não passando de uma empresa eclesiástica… nem mesmo os pais ou o próprio cônjuge! Ser cristão é um ato de entrega total e definitiva do qual apenas o próprio cristão e o Senhor Deus podem ter a convicção:
   “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.” (Romanos 10:9-11)
   “Mas, quanto àqueles cujo coração andar conforme o coração das suas coisas detestáveis, e as suas abominações, farei recair nas suas cabeças o seu caminho, diz o Senhor DEUS.” (Ezequiel 11:21)
   “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” (2 Tessalonicenses 2:11-12)
   Ser cristão qualificado é, na verdade, desqualificar-se a si mesmo continuamente, sabendo que nada somos em nós mesmos, indignos até mesmo de nossa própria confiança:
   “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.” (1 Coríntios 10:7-12)
   “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9)
   A base da salvação é a fé… e ao olhar os milhões que lotam os templos para que sejam conduzidos a algum evangelho diferente daquele puro e original contido na Palavra, lembro do que Paulo diz acerca disso:
   “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.” (1 Coríntios 15:1-2)
   Aí está: aquele que crê em um evangelho diferente do que está na Palavra… está CRENDO EM VÃO!
   Muitos estão aparentemente qualificados como cristãos, mas a Bíblia não deixa dúvidas ao apontar que suas obras e sua aparência de piedade são meros disfarces de um caminho alternativo direto para a condenação, sem escalas para o inferno!
   Concluo deixando algumas questões a serem respondidas por cada leitor a si próprio:
   Está convicto de sua salvação com base em seu próprio conhecimento da Palavra de Deus ou simplesmente porque segue o que te mandam fazer sem questionar?
   Que frutos tem produzido? Você tem se auto-qualificado como cristão ou apenas “ido na onda” dos mais diversos conceitos que são divulgados por aí?
   “Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gálatas 6:3-8)

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