1 de mar. de 2010

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO SOB PERSPECTIVA ESTRITAMENTE BÍBLICA,
PARA O PÚBLICO QUE TEM NA BÍBLIA SUA REGRA DE FÉ E VIDA.

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arrogante[1]    O aconselhamento sobre o batismo está rendendo conversa até hoje, assim como o fato de eu não sentir necessidade de ficar estudando livros dos grandes cristãos do passado… ou até mesmo do presente!
   Não condeno quem busca conhecimento, mas em relação ao Senhor Deus… Sua Palavra tem me bastado e satisfeito sem necessidade de nenhuma complementação.
   Essa semana tive um interessante bate-papo com o irmão Armando Marcos, dos Blogs “Sola Scriptura” e “Projeto Spurgeon”, onde depois, olhando e reavaliando o que foi dito, encontrei importante reafirmação para minhas convicções.
   Não vou transcrever a íntegra do diálogo, mas vale a pena apresentar o trecho a seguir, cuja interpretação vou deslindar a posteriori:
Me diga rápido: batismo de criança é bíblico? Eu vi um artigo recente, seu, sobre isso, mas estou numa intensa discussão deste tema numa comunidade do Orkut…
   Só se eu for imaginar o exemplo do carcereiro de Filipos com toda a sua família… Mas como a criança é salva enquanto criança, ou seja inocente…
Mas diga, Teóphilo: a criança não precisa do batismo? É razoável crer que se deve batizar uma criança por que cremos que, por sermos crentes, então essa criança tem a promessa de ser salva e, portanto, ela é regenerada… pura e simples por ter nascido da barriga de uma crente?
   Pois ela ainda não tem consciência plena dos deveres (ordenanças)
   Mesmo não tendo nascido da barriga de uma crente: TODA CRIANÇA tem acesso direto ao reino de Deus!
   A questão não é ser regenerada ou não… a questão é SER CRIANÇA! O fato de levar a criança a freqüentar uma igreja acaba não sendo relevante: para a criança, ela está sendo levada e não escolheu aquilo! Para ela seria melhor ir a um parque ou a uma piscina…
Sim, segundo esse ponto de vista, OK
   Mas meu raciocínio sempre foi irrestrito: essa sua colocação de ser filho de crente não havia me ocorrido!
Pois é o que alguns que defendem: o pedobatismo! Acabam apelando para o batismo de João batista e Jeremias como comprovação
   A criança só deve se batizar a partir do momento que puder optar, por si própria e nunca sob coação dos pais, por uma vida cristã, por ser membro de uma igreja… aí ela estará sendo responsável e capaz de assumir tudo o que seja relativo ao batismo e a uma vida cristã!
Sim, mas dizem aí que o que ocorre é que então a salvação está condicionada a fé, pois fé, por si só, não salva.
Dizem: “Nova Aliança é aquela criada por Cristo, destinada tanto aos pais como aos filhos” (Hebreus 8:10-13).
   O batismo NÃO IMPLICA E NEM ACARRETA na salvação…
Sim, mas tem se batizado adultos e crianças por se crer que ambos são salvos (regenerados), desde que o batismo é um símbolo externo de uma realidade externa da salvação, conforme 1 Pedro 3:21, ou seja, se batiza por que se crê que é salvo, mas aí aplicam isso a bebezinhos filhos de crentes!!
   Motivo estranho e passagens fora do contexto: se batiza para cumprir a ordenança de Jesus Cristo!
Phillippe Landes, uma das maiores autoridades presbiterianas em batismo e pedobatismo, diz: “Batizamos os nossos filhos, por julgar que estão salvos e não para salvá-los” (Estudos Bíblicos Sobre o Batismo de Crianças, pg.14)
É uma apressada associação com a circuncisão, e que no caso, tem a ver com a “teologia do Pacto”, que diz, bem a grosso modo,  que o povo de Deus é sempre o mesmo, em todas as eras, e implica que antes era circuncisão, agora é batismo, etc.
   Esse “se crê” ou “por julgarmos” é presunção e jactância do ser humano… me perdoe, mas só consigo ver isso! Cada um dará contas de si mesmo a Deus! Eu não vou e nem posso dar contas do meu pai e nem mesmo do meu próprio filho!

   Essa foi a conversa, mas fiquei assustado com esse papo de “teologia do Pacto”… não tinha noção de que os presbiterianos sustentavam conceitos tão análogos aos dos Adventistas. Se querem guardar a circuncisão em forma de batismo, que passem a guardar os sábados também!
   Se quisermos compreender o âmbito de citação de Hebreus acima, seremos forçados a começar a leitura alguns versos antes do que a passagem citada, vejam:
   “Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo; E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior. Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.” (Hebreus 8:8-13)

   Vou ressaltar, no verso 8, com quem MUITO ESPECIFICAMENTE essa passagem se relaciona: COM A CASA DE ISRAEL E COM A CASA DE JUDÁ!!! Você é gentio? E ainda por cima brasileiro?!? Acho que está sendo levado em um raciocínio e através de métodos tão tortos quanto, por exemplo, os sacramentos da igreja católica!
   Não sei quem é esse tal Phillipe Landes, mas só pela frase absurda dele nem quero mais conhecê-lo, vejam:
   “Batizamos os nossos filhos, por julgar que estão salvos e não para salvá-los” (Estudos Bíblicos Sobre o Batismo de Crianças, pg.14)
   Ora bolas! Leiam lá o que escrevi em “Os Netos de Deus”… isso sem nem conhecer esse cara: os ÚNICOS que podem ter consciência do estado de salvação de alguém é o Senhor Deus e o próprio salvo!!! Ninguém mais tem esse poder de “julgar”! Isso é presunção! Isso é preocupação com a aparência… (seria o caso de classificar como farisaísmo?)
   De qualquer forma a Bíblia, como sempre, tem a resposta certa para aqueles capazes de fazer um raciocínio absurdo como esse:
   “Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Romanos 14:11-12)
   Logo, se o raciocínio para justificar o tal “pedobatismo” se baseia apenas nisso que me foi apresentado… simplesmente não se justifica e, ainda por cima, é um absurdo onde praticamente se transforma a ordenança a ser assumida como compromisso por um cristão com plena consciência em um ritual de “benção hereditária”… daqui a pouco vão ter que fazer curso com a Rebecca Brown, pois é esse tipo de raciocínio cuja analogia pode levar ao absurdo das “maldições hereditárias” e daí vamos esquecer o sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz e voltar aos rituais e sacrifícios…
   Me perdoem, meus amigos presbiterianos, mas´parece que estão levando as suas doutrinas internas mais a sério do que a própria Palavra de Deus e, na verdade tenho até um outro fato bastante triste que corrobora com esta minha opinião. Vou contar abreviadamente:
   Um pastor missionário, formado em um seminário assembleiano, foi enviado para trabalhar nos Andes do Peru e, no final de cinco anos, foi abandonado sem sustento pelo maravilhoso Manoelzinho da Paz (quem puder entenda). Com muito esforço retornou ao Brasil e, profundamente decepcionado com a corrupção que testemunhou em sua denominação (da qual tenho relatos comprovados), acabou indo exercer seu chamado como pastor auxiliar em uma igreja batista. Foi nessa época que nos conhecemos: eu tendo meus primeiros contatos com Rick Warren e ele, com G-12.
   Nos auxiliamos muito, mas como ele nunca esteve de acordo com a “visão” do pastor presidente, em certa ocasião quando pregava com sólida base bíblica contra os absurdos da regressão e da musicoterapia, foi “carinhosamente” interrompido e convidado a se retirar do púlpito.
   Por ter filhos pequenos, não desejava estar fora do ambiente eclesiástico e acabou passando a freqüentar uma igreja presbiteriana. Me confidenciou que queria apenas permanecer como membro, mas diversos fatores atrapalharam suas intenções: os crentes de qualquer outro lugar por onde tinha passado só o tratavam por “pastor” e isso revelou sua vocação e seu chamado. Logo foi posto como professor da EBD, onde (fui testemunha) criou uma dinâmica bíblica que verdadeiramente interessou os membros a participar não apenas da escola, mas de diversos seminários. Nessa época ele estava tão animado que ficou querendo que eu lesse a tal Confissão de Westminster… e, sinceramente, desde aquela época não senti necessidade de ler um livro de doutrinas “baseado na Bíblia”, se tenho a própria Bíblia para me basear!
   No final das contas ele acabou sendo convidado a dirigir um ponto de pregação onde, por sua verdadeira vocação, o trabalho cresceu e estava em vias de se tornar uma nova igreja, mas… aí surgiram dois problemas: o filho do pastor da igreja principal queria aquele “domínio” para si próprio e, de acordo com as regras da igreja presbiteriana, esse meu amigo não poderia ser considerado pastor se não cursasse  (de novo!?!) um seminário presbiteriano. Houve uma série de intrigas articuladas por membros fiéis à clã do pastor presidente e uma série de falácias mordazes acabaram desestimulando um dos cristãos mais sinceros que já conheci de congregar (e muito menos pastorear) em qualquer instituição eclesiástica… de qualquer uma dessas denominações que se dizem cristãs, mas cujos interesses e doutrinas conflitam diretamente com as escrituras.
   Eu, Teóphilo, tenho muitos outros testemunhos não apenas de ovelhas, mas de pastores que acabaram, em nome da Verdade, entrando em conflito com suas denominações e tendo de optar entre a corrupção  ou o exercício de sua vocação que, teoricamente, deveria ser a proclamação da genuína Palavra de Deus.
   Quando digo que não preciso de Armínio, Calvino, Phillipe ou de qualquer outro “inspirador”, sei o que estou falando por ter a minha disposição a plenitude da Palavra sem os antolhos denominacionais e não estar submetido aos diversos dispositivos de controle (psicológico, financeiro…) que são aplicados constantemente dentro dessas empresas eclesiásticas para calar a boca daqueles que podem prejudicar seus interesses.
   Espero que não inventem que sou contra os presbiterianos da mesma forma que um servo de satanás quis alegar que eu seria contra os pentecostais, mas de tudo isso eu só preciso reafirmar que sou a favor e me submeto apenas à Palavra d’Aquele que pode garantir minha vida eterna. Tudo o mais pode ser muito lindo, muito humano… mas não passa de imundície e podridão perante aos olhos d’Aquele que é Amor sem deixar de ser Verdade e Justiça.
   Não tenho ídolos e não temo mais nenhum homem  que possa existir nesse mundo porque estou subordinado direta e exclusivamente ao Senhor Deus, portanto não me venham com aquele famoso papo de “sabe com quem (ou de quem) está falando?”, porque seja quem for, se houver deturpado a integridade da Palavra, não vai passar de um herege maldito e condenado, não por mim, mas pelo próprio Autor da salvação.
   Tenho dito.
   Que o Senhor Deus continue suprindo seus filhos em todas as suas necessidades, que não são poucas.

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