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O ano de 2011 vai ficar marcado na História como o ano das revoluções nos países islâmicos.
Primeiro foi o Egito, que deu um basta no até então eterno domínio de Hosni Mubarak. No poder desde que Anwar Saddat foi assassinado num episódio nunca suficientemente esclarecido, durante uma parada militar em 1981: há quem diga que o próprio Mubarak tem as mãos sujas com o sangue de Saddat…
Enfim, puseram-no para fora e uma tal “Irmandade Muçulmana” parece que vai tomar as rédeas agora… por acaso a mesma “Irmandade Muçulmana” que, pasmem os senhores, esteve envolvida no atentado de Saddat!
Said al-Said também pensa que é eterno, reinando sobre Omã desde que Pelé jogava na seleção canarinho.
No Iêmen, Ali Abdullah Salleh já tomou um chega-pra-lá e, no momento, se recupera de queimaduras por todo o corpo, uma lembrança do quanto é querido pelo seu povo.
No Marrocos e na Argélia a oposição aos respectivos regimes anda agitada também…
Na Tunísia, a mesma coisa: cansado da ditadura, o povo meteu o pé no traseiro de Ben Ali, pra variar, um militar encastelado no poder desde 1987, quando se apropriou do país (… adivinhe?!) em um singelo golpe de Estado.
Na Síria, a batata de Bashar al-Assad vai assando cada vez mais e, se não fosse a forcinha de seus amigos russos, ele já teria tomado o caminho da rua há muito tempo.
Ele, que não passa de outro ditadorzinho de meia-tigela, é herdeiro das falcatruas de papai Hafez al-Assad, que (de novo?!?) deu um golpe de Estado em 1970 e preparava o filho mais velho, Bassil, para sucedê-lo, como se o país fosse um feudo, propriedade particular da família Assad.
Com a morte de Bassil, acabou sobrando para Bashar, “eleito” com 97% dos votos, pelo único partido do país… que beleza, diria Milton Leite.
Mas agora Bashar está na marca do pênalti…
Na Líbia, enquanto escrevo essas linhas, Muammar Kadafi parece ter dado no pé e os “rebeldes” já entraram até em sua mansão na capital, Trípoli.
O quase-novo-governo já declarou que vai manter o país na linha e honrar os contratos internacionais de fornecimento de petróleo… aliás, a única preocupação dos países ocidentais, que não se importam com os mortos, feridos, desabrigados e desgraçados pela guerra: só o “ouro negro” é que importa!
A preocupação com a “democracia” é apenas fachada para esconder as garras do “primeiro mundo”, loucas para se enterrar nas areias do deserto e sugar de canudinho o precioso líquido que move o mundo… igualzinho à época do III Reich, quando Hitler mandou o general Rommel e seu Afrika Korps tomarem conta do petróleo, até “os aliados” chegarem e dominarem o pedaço.
Até agora, o futuro da região é uma grande incógnita: não há garantias de respeito às liberdades individuais e de grupos como os cristãos.
Vejam o que aconteceu, por exemplo, no Irã em 1979, uma das últimas “revoluções” do Oriente Médio: instaurou-se uma outra ditadura e as potências ocidentais ficaram contra só porque os aiatolás negaram petróleo a elas.
O ditador anterior, tão opressor quanto os clérigos xiitas, era tolerado apenas porque entregava petróleo a preço de banana.
Os que eram perseguidos e oprimidos antes (como, por exemplo, os cristãos, os judeus e os sunitas)… continuaram perseguidos e oprimidos depois!
E, com grupos influentes como a Irmandade Muçulmana, o Hezbollah, al-Fatah e a própria Al-Qaeda dando as ordens por detrás das dunas, o ocidente fica em suspense.
As nações dessa região, como se sabe (com exceção de Israel), são predominantemente islâmicas e a maioria, embora tentem passar para a opinião pública ocidental uma imagem moderna, na verdade ainda vive no tempo de Maomé, não tolerando os que discordam da linha-dura de seus respectivos governos… haja vista a grossura da borduna que descem no lombo dos insurgentes!
Cristãos e judeus são os sacos de pancada favoritos e não se têm notícias de eleições democráticas.
Sobre a Turquia, talvez o país menos atrasado, pairam recorrentes acusações de corrupção em todos os níveis, fato que, aliás, adiou o seu ingresso na União Europeia.
Logicamente, como países de maioria islâmica, ambos são historicamente anti-Israel: é verdadeiramente motivo de espanto que países com esse perfil possam ser aceitos em “comissões de paz” e “comitês de negociação”…
Porém o mais interessante nisso tudo é que os planos de Deus não podem ser impedidos: por mais que o mundo fique em alerta e espantado com a insegurança quanto ao futuro, aquilo que a Bíblia profetizou há muitos séculos um dia há de se cumprir!
Mais cedo ou mais tarde para os nossos padrões, mas na hora certa para o padrão de Deus.
E é justamente na palavra de Deus que vemos as mais espantosas previsões para o Oriente Médio… catastróficas para a maioria das nações. Veja só:
O livro do profeta Ezequiel traz uma profecia terrível, conhecida por quem estuda os últimos dias.
Nos capítulos 38 e 39, Deus diz que uma coligação de nações virá invadir Israel, comandadas por um líder “das extremidades do norte”, com um poderoso contingente; mas que miraculosamente, Deus intervirá pessoalmente na batalha para salvar Seu povo: a mortandade entre os invasores será tão grande que Israel levará sete meses para enterrar os mortos nessa guerra relâmpago!
Então surgem as perguntas inevitáveis: quem seriam esses invasores, e quem seria esse “rei do norte”?
E as nações coligadas… podemos identificá-las hoje em dia?
Quando sucederão esses eventos?
Estudiosos do porte de Tim LaHaye, Thomas Ice, James Dean e outros, como o site Bible Prophecy End Times, concordam unanimemente que a Rússia é identificada como “Gog, da terra de Magog, o chefe Meseque, príncipe de Tubal” (Ezequiel 38:2-3).
Há três razões para crer que Magog é a Rússia:
Primeira: um estudo detalhado da tabela das nações em Gênesis 10 mostra que Magog, um neto de Noé (Gênesis 10:2), instalou-se na área que hoje é ocupada pela Rússia.
Segunda: a direção a partir da qual a invasão vem é a partir do "norte" ou "o extremo norte" (Ezequiel 38:15; 39:2).
Na direção norte, a partir de Israel, a região que poderia ser identificada como “extremo norte” é a Rússia.
Terceira: uma tradução mais apurada de Ezequiel 38:2 é “Gog, da terra de Magog, o príncipe de Ros, Meseque e Tubal”.
Não é difícil ver que Ros lembra Rússia, Meseque lembra Moscou (Moskva, MSK) e Tubal, Tobolsk.
Tim LaHaye, em seu livro “Estamos Vivendo os Últimos Dias?”, discorda um pouco dessa interpretação, mas não podemos negar que ela é bem consistente.
Outras nações também irão aderir à Rússia nessa invasão a Israel… quem seriam?
De acordo com Ezequiel 38:5-6, são a Pérsia, Cuxe, Pute, Gomer e Togarma, também do extremo norte.
Muito já se especulou sobre esses países ou povos, mas há consenso de que:
- A Pérsia é o atual Irã;
- Cuxe é a Etiópia;
- Pute é a Líbia;
- Gomer tem sido identificado com os povos germânicos da Alemanha e/ou eslavos da Europa Oriental;
- Togarma, que também está ao norte de Israel, é a Turquia.
Seria possível tal coligação de países numa invasão armada a Israel?
Se bem que a maioria desses países são muçulmanos e desejam ardentemente a eliminação de Israel.
A Etiópia, por exemplo, não pode ser vista neste momento como uma nação capaz de participar de uma guerra externa.
E a Turquia, que justamente agora está sendo cogitada para fazer parte de uma força de paz… será que mudaria suas intenções? Ou será que a Turquia nunca teria, de fato, intenção de ser “agente da paz”?
E onde foi parar a Síria, da qual não há menção nos textos de Ezequiel?
A Líbia, no momento esfacelada por uma guerra interna, tomaria mesmo parte numa empreitada dessas?
Discutiremos essas questões a seguir.