Sinceramente penso algumas vezes antes de realizar postagens cujo tema principal sejam fatos de minha vida pessoal, haja vista que grande parte daqueles que acompanham meus escritos tenham expectativa de edificação através de meus textos.
O fato é que finalmente adentrei minha “terra prometida” particular e de forma alguma as coisas ficaram mais fáceis: além da confusão de desencaixotar tudo, da falta de locais para acondicionar adequadamente os objetos e produtos de uso diário, das muitas pequenas e novas dívidas inerentes da mudança e da instalação, dos bicos que tenho feito para tentar suprir tais demandas… a lista pode prosseguir, mas prefiro parar e considerar que diante de tudo isso só posso glorificar ao Senhor Deus por tudo isso!
Logo abaixo apresento uma foto de como está ficando o “canto do Teóphilo”, que é o local de onde em breve espero poder me dedicar aos estudos e à escrita de novos textos.
Um novo problema que surgiu pela falta de notebook e pela atual impossibilidade de instalar um condicionador de ar é que, mesmo com ventilador, a temperatura neste canto já atingiu impressionantes 42º C!!
O computador estava praticamente fervendo e o suor escorria de todos os meus poros: não dá para ler ou escrever nada edificante nessas condições. Me perdoem aqueles que tem me escrito, mas o estremecimento das virtudes do céu tem gerado temperaturas excessivas aqui no Rio de Janeiro. Sem poder atuar em minha “vida digital”, passo o dia trabalhando (instalando prateleiras, passando fios, montando móveis…) com bastante cautela e bem lentamente para não fazer besteira, pois tais atividades exigem um “pulo do gato” que de forma alguma é minha vocação natural.
Quando as coisas começam a refrescar já são quase onze da noite e nem tenho mais animação para ligar computador para nada: olho para os quase dois mil e-mails que recebi e tenho a sincera vontade de chorar, pois quero muito respondê-los… mas me faltam forças.
Enquanto isso a perna da minha mãe entrou em um processo de purgar um líquido através de umas feridas que abriram… e tome antinflamatório e repouso. Pelo menos o pessoal da igreja dela tem dado algum apoio, mas as coisas não são tão fáceis como essa simples frase pode fazer parecer: inventaram por lá um castiçal com três velas que deve ser aceso no meio do culto e teria algo a ver com um compromisso assumido por alguns membros de realizar o culto doméstico… para uma igreja batista tradicional isso é, no mínimo, estranho.
É um ato sem base bíblica alguma e que remonta as tradições de quaisquer outras religiões exceto o protestantismo. Nas “entrevistas” que fiz minha mãe realizar, os membros alegam vários motivos estapafúrdios para a existência de tal ritual (“alegrar” o culto, “acender” o compromisso…): nada que verdadeiramente justifique mais essa bobagem.
A única coisa mais interessante que tenho para relatar é que durante uma breve visita que tive oportunidade de fazer à minha mãe, logo após a exibição do odioso comercial da justiça eleitoral biométrica, eu estava comentando a sagacidade do inimigo ao propagar uma frase de sentido ambíguo (o poder está em suas mãos) através da mídia quando chegou uma visitante, diaconisa da igreja dela: pessoa amável e falante… e cujas boas intenções em nada a aproximam da verdade bíblica.
De tudo o que foi falado só me arrependo de não ter tido a presença de espírito para replicar imediatamente apenas uma de suas afirmações, feitas em defesa da deturpação do culto racional para que mais pessoas sejam alcançadas pelo “evangelho”. Sem sequer me deixar falar e após querer justificar o castiçal e ter mencionado até mesmo os autóctones como fatores para a criação de um evangelho diferenciado, sorrindo ela tenta extinguir o assunto com a seguinte frase:
— Nós temos até que babar para alcançar os perdidos! Está lá escrito que Paulo babou!!!
Como falei pouco por não ter tido oportunidades diante de tanta ênfase em torno de suas próprias idéias, na hora nem me esforcei para cortar tamanho absurdo, mas ãdmito que não tenho conhecimento exato dessa passagem onde o apóstolo abortivo tenha babado e só me recordo da seguinte referência:
“Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (1 Coríntios 9:19-23)
Em primeiro lugar não existe a passagem “fiz-me louco…” de forma explícita, porém alguns podem deduzir tal coisa a partir do “fiz-me tudo” e não seria errado tal raciocínio. A questão é que FAZER-SE DE ALGUMA COISA não significa DE FORMA ALGUMA que eu tenha ME TORNADO EM TAL COISA de forma definitiva! “fazer-se de alguma coisa” significa fingir que é alguma coisa durante algum tempo e sem perder a capacidade de retornar ao estado de normalidade anterior!
Atualmente tenho testemunhado pessoas “se fazendo” de verdadeiras abominações sob o pretexto de “ganhar almas”, mas tudo isso só ocorre porque não passam de preguiçosos tão ansiosos para satisfazer suas próprias concupiscências que não têm sequer a capacidade de ler o texto até o final do capítulo, onde está claramente registrado:
“Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (1 Coríntios 9:26-27)
Diante de tal conclusão, prevalecem eternamente as recomendações da Palavra de Deus sobre quaisquer “novidades” e “tribos” que venham a surgir sob quaisquer pretextos: o que é de satanás (pecado e formas de culto) é profano e de forma alguma pode servir ao Senhor Deus. Se algum pecador se converter verdadeiramente ao evangelho ´deve compreender que abandonar seus velhos hábitos é parte do processo de amadurecimento espiritual… me desculpem as “bolas de neve” da vida, mas suas “modernidades” não passam de caminhos diferentes para o mesmíssimo inferno dos piores pecadores.
Recentemente escrevi sobre a deturpação que ocorre no evangelho quando se prega limitado aos erros dos próprios pregadores e hoje o assunto acaba sendo muito semelhante, pois se eu tiver que transformar o evangelho genuíno em qualquer coisa diferente para atingir determinada etnia ou “tribo”, sem dúvida deixarei de ter o evangelho da salvação para criar arremedos esdrúxulos e ineficazes do que deveria ser A Verdade. Imaginem:
Tendo o evangelho autêntico e querendo atingir a tribo dos “babões”, promovo algumas adaptações e passo a fazer o “culto dos babões”, que logo se torna uma nova denominação e abre diversos pontos de comércio, modernamente conhecidos como “igrejas”…
Os babões, com seu evangelho deturpado, conhecem a tribo dos “buchudos” (homenagem a uma amiga…) e, querendo levá-los ao “evangelho”, fazem algumas adaptações e criam o “culto dos buchudos”. O problema é que além do estreitamento já realizado para atingir os babões, agora a Palavra é ainda mais estreitada para se adequar aos buchudos… e quando os buchudos conhecerem os “come-lama”? E o que ocorrerá após séculos de tanta boa vontade humana e “transformações” na Palavra d’Aquele que NUNCA MUDA?
Na verdade ocorrerá o que já temos nos dias de hoje: um evangelho podre, cego e prostituído para agradar os homens, mas que só conduz a maior parte de seus seguidores para o inferno.
O apóstolo Paulo até pode ter se feito de louco em alguma oportunidade, mas não instituiu o “culto dos loucos” e nem trouxe quaisquer aberrações para dentro da Igreja. Pelo contrário, após uma “abordagem inicial” ele começa a trabalhar no amadurecimento do ser humano, não para que permaneça na lama de seus hábitos pecaminosos, mas para que abandone sua podridão e se aperfeiçoe conforme a ÚNICA e VERDADEIRA Palavra de Deus. Veja:
“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” (Efésios 4:1-16)
Ao ler passagens como essa tenho reforçada minha convicção de que a verdadeira Igreja, o Corpo de Cristo nesta terra, não tem denominação e segue apenas UMA ÚNICA “VERDADE EM AMOR”, que é a absoluta Escritura Sagrada chamada de Bíblia.
Paulo babou (?), mas não virou babão! Fez-se de louco, mas não virou louco… e você? Vai continuar insistindo em suas concupiscências?
O final do ano se aproxima e, como relatei no início desta postagem, passo por intensas dificuldades. Muitos dizem que vão colaborar com este ministério, porém efetivamente este mês recebi apenas R$ 80,00 em colaborações. Não me desfaço e agradeço muito àqueles que colaboraram, porém peço que reflitam se há condições de sobreviver com esse valor…
É claro que tenho buscado trabalhar com outras coisas para pagar as dívidas e não deixar meu nome ficar sujo e, inclusive, minha esposa tem realizado trabalhos cujo horário a expõe a grandes riscos (sair, por necessidade, de um evento que terminou às 02:00 da madrugada, no Rio de Janeiro…) no intuito de nossa sobrevivência.
Graças a Deus ainda não temos filhos para ter que explicar o aperto pelo qual passamos, mas sem dúvida esse ano não ia ter nem presenta e ceia só na casa dos familiares!
Volto a pedir que considere muito seriamente a possibilidade de colaborar e não fique pensando na possibilidade de que muitos já o estejam fazendo: não estão! Sua colaboração, por menor que seja, é muito importante! Pode não comprar um novo notebook para substituir o que queimou, mas pode ajudar a pagar uma conta de água ou de luz! Quem sabe um dia eu possa até voltar a escrever durante o dia nesse “canto do Teóphilo”… mas isso exigiria um (atualmente impossível) ar condicionado…
Não sou insano nem falso e muito menos perdulário: para manter as imagens ilustrativas deste blog no ar, recentemente investi um valor em torno de US$24,00 (R$ 40,00) para liberar o “bandwidth” mensal por um ano inteiro. Minha intenção não é e nem nunca foi a autopromoção, antes a divulgação da Palavra de Deus… sólida e sem mistura! Alguém pode me ajudar a sustentar isso?
Que o Senhor Deus continue protegendo e abençoando àqueles que O amam e buscam em espírito e em verdade!